Estamos no 4º mês de 2016 e apenas agora escreverei sobre os
livros lidos no segundo semestre de 2015. Que absurdo. Para que isso não mais
ocorra, escreverei sobre cada obra individualmente logo após ter lido.
Não lembro mais da ordem, portanto terei que fazer de modo
aleatório.
Comecei a ler O Retrato do Artista Quando Jovem, de James
Joyce, e logo vi que seria uma porrada. O tipo de escrita dele é meio
perturbador e as ideias levam um tempo para serem concatenadas. Algumas ficaram
perdidas e não se encontraram. Enfim, demorei muito para ler, pois achei
difícil. Sobre a história, a narrativa é sobre a Irlanda, seus políticos,
governantes, religiosos e escola doutrinadora, tudo isso em meio a crise.
Parece com os dias atuais, com crise de tudo, existencial, religiosa, política,
etc.
Li também Baudolino, de Umberto Eco. Já tinha contado com
Eco por causa dos meus estudos em comunicação, afinal, Eco, que faleceu a pouco
tempo, era teórico da comunicação, professor e essas coisas acadêmicas. A
criatividade dele é incrível. Baudolino é um personagem que faz com os outros
acreditem em suas histórias e entrem de cabeça em suas aventuras pela idade
média, misturando crenças e religião e guerra. É como um escritor que faz com
que sua ficção se aproxime o máximo da realidade e os leitores sigam suas
histórias, embora muitas vezes elas os levem a cometer insensatez, como buscar
o reino do preste João. Pareceu muito com um RPG. E que baita RPG este que Eco
inventou. Ele era o legítimo mestre que, não utilizando de livro, criou os mais
variados desafios (quests) para si e seus amigos, os personagens da história, misturando
personas clássicas da idade médias com outras inventadas.
Finalmente li O Centauro no Jardim. Leitura realizada em uma
semana. Fui em um momento em que minhas asas estavam meio machucadas, então
fiquei bastante tempo na árvore. Ainda bem que minha visão ampla me proporcionou
ler muito rapidamente esta obra sobre um centauro nascido no Rio Grande do Sul,
mas com uma cultura judaica russa. Pena que este centauro, por mais que tenha
conhecido uma esposa que o aceitou, mesmo ele se sentindo diferente, buscou
outras forma para si, desistindo da vida de meio homem meio cavalo e
tornando-se algo que não era. É um obra, que na minha ideia, remonta uma ideia
de aceitação na sociedade, sendo ele alguém deslocado no mundo em que escolheu
viver, mas que no fim aceita que nem tudo na vida é como quer.
Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, me fez refletir
sobre que mundo quero para meu presente, não meu futuro. As ideias
apocalípticas que vi ali sobre a vida e o modo de criação da humanidade lembra o
que vivemos nos anos 90, com a clone Dolly, aquela euforia de melhoramento genético.
É um ótimo livro.
Termino com A Música ~do~ Silêncio, de Patrick Rothfuss, em
uma história bem curta e com uma narrativa exótica para um livro sobre Auri,
personagem misteriosa de As Crônicas do Matador do Rei, também do autor. Gostei
muito de sair do eixo da narrativa tradicional de Kvothe. Embora não tenha
aprendido muito sobre a Auri, pude ver como o relacionamento dela com o mundo
ao seu redor pode trazer benefícios sobre o mundo ao meu redor, principalmente
com o respeito que devemos ter com tudo o que nos cerca.
Estas foram as obras lidas. Espero poder ler mais ainda este
semestre.
Você encontra estas obras na
Vitrola:
JAMES JOYCE - RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
MOACYR SCLIAR - O CENTAURO NO JARDIM
PATRICK ROTHFUSS - A MÚSICA DO SILÊNCIO
Saraiva:
ALDOUS HUXLEY - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Cultura:
UMBERTO ECO - BAUDOLINO
Você encontra estas obras na
Vitrola:
JAMES JOYCE - RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
MOACYR SCLIAR - O CENTAURO NO JARDIM
PATRICK ROTHFUSS - A MÚSICA DO SILÊNCIO
Saraiva:
ALDOUS HUXLEY - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Cultura:
UMBERTO ECO - BAUDOLINO