quinta-feira, janeiro 15, 2015

The Children of Húrin - book read on 2014/2

Some nights ago I finished the reading of The Children of Húrin, the second book from J.R.R. Tolkien that I had the pleasure to appreciate. It was my companion for many night hours, since my reading in English is not so fast as it is in Portuguese, and there was another difficulty, the names. When I read the last two books from The Song of Ice and Fire, well, I had knew the characters from the previous books, but this time it took me long hours to get familiar with.
Well, it is a great story, and everyone knows this. So, what made me read this was my friend Eber, who brought it from the USA in his exchange. Thank you Eber, I'd like to say it publicly. The way the story is passed is very similar to The Hobbit, a journey that must continue and will lead to other stories. And as I'm not so good in English typing, my thoughts are not so sharp, and my short review is very, very short this time. No literary appointments. Bye, have a good weekend.
As you can see, on my left, The Children of Húrin, on my (k)night table

quarta-feira, janeiro 14, 2015

Livros do segundo semestre - As Crônicas Saxônicas

“E com uma espada cravejada de joias ele conquistou uma nação”. Que péssima história para ser contada. Já imaginou uma espada de joias brilhantes matando inimigos, tirando sangue do bucho de alguém? Seria terrível! Ainda bem que Cornwell nos mostra que a história (e não falo de romances, mas de História) é repleta de coisas terríveis, como exércitos fedorentos, cansados, bêbados que adentram território hostil, enfrentam barreiras naturais e algumas feitas pelos homens, atingem outros exércitos igualmente fedorentos, cansados e bêbados que tropeçam nas tripas, vômitos e sangue, muito sangue, para conquistar, mesmo que momentaneamente, terra. Com a terra conquistada vem o poder, acrescido de direitos, como o de vender escravos, estuprar, pegar os bens dos mortos e dos vivos restantes, e prata, toda e qualquer prata que se consiga pilhar. Não existia, mas imagino como seria a propaganda para o recrutamento militar (os homens não serviam exército, eles os eram, não interessa como, ou o homem ia para a batalha ou a batalha ia para ele, de qualquer forma, mesmo pela barriga, através da ponta da espada. A lição 1, “a ponta da espada deve ser espetada no inimigo”, muitas vezes já era aprendida quando se estava morto).
Voltando ao assunto, a propaganda seria algo como “venha para os exércitos dinamarqueses, vamos foder as mulheres dos saxões, pilhar sua prata e mijar no deus pregado enquanto queimamos suas construções, seus navios imprestáveis, fazemos escravos e tomamos suas terras, não necessariamente nesta ordem, mas repetidamente todos os dias, vai ser uma festa!”.
Já a propaganda dos saxões seria diferente, repleta de ordens para proteger sua família, em nome de Jesus e todos os santos, independente de serem saxões, nortumbrianos, mércios, anglos e de Gales, ou de Roma, ou de terras que ninguém fazia ideia de onde ficavam, mas isso não interessava, desde que fosse defendida, assim se pagava os pecados e  teria redenção, tudo terminando em “amém”.
Nos sete volumes que li no segundo semestre de 2014 das Crônicas Saxônicas, vi, sonhei, imaginei inúmeros conflitos. Vi o início de uma nação, a destruição de outras, a construção de um país, a formação de uma língua ou dialetos, mudança de outros, invasões, contribuições, a Inglaterra surgindo ao passo que era destruída, o cristianismo como religião dominante, expulsando muita cultura, absorvendo algumas crendices, jogo de interesses, sucessão de reis, guerreiros atolados nas vísceras dos inimigos, das suas também, tanta informação que fica difícil exprimir o que ficou de tudo em algumas palavras. Acho até que muitas coisas estarão comigo em sentimentos, em situações que não são possíveis de tradução ou de expressão através de palavras. Talvez fiquem só no modo de agir (não, não é a pilhagem, venda de escravos e todo o mais, mas de ver as coisas, sendo que nada vem de graça, tudo tem um propósito, mesmo que não seja visível).
Ainda não acabou, falta um volume, quem sabe dois, para que Bernard Cornwell termine a saga de Uhtred, o Guerreiro Pagão, Uhtred de Bebbanburg, o teimoso, o terrível, Uhtred Uhtredson, mas que tinha outro nome, Uhtred Ragnarson, o filho do dinamarquês de assassinou seu pai biológico e o tomou para si, Uhtred, duas vezes batizado, mas banhado na glória da batalha, esposo de muitas, pai de alguns, devoto de vários, encarcerado por um castelo, mas não o seu, aquele que lhe foi tomado por seu tio e mantido pelo primo, o castelo que falo é o do desejo de formar uma nação, de uma Inglaterra, sonhada por Alfredo e que é tão forte que o faz matar os semelhantes, ser zombado e expulso por aqueles que deveriam exaltá-lo, mas que mesmo assim ele não abandona. Essa é a história de um guerreiro, preso na masmorra de um castelo imaginário, mas pronto para existir.

wyrd biõ ful ãræd