sábado, julho 30, 2016

O Universo em uma Casca de Noz - Stephen Hawking

Esta obra é alvo de minhas intenções faz tempo. Lembro de passar em um sebo em Santa Maria no distante ano de 2012 e desejar muito o livro. Somente este ano me apoderei dele, em uma versão mais branda da editora Intrínseca. Eu me aventuro na física desde meados dos anos 90, isto é, duas décadas atrás. Isto fez de mim alguém que realmente estudou física no Ensino Médio? Não. Foram três anos apenas atingindo a média necessária para passar ao próximo ano. Shame. Shame. Shame.
Stephen Hawking faz um passeio na história, pegando Einstein no começo, passando à quântica, multiversos, teoria das cordas, teoria M, entre outros assuntos. Já vi muitos documentários sobre a vida e obra de Einstein. Assisti aos episódios de Cosmos, com Carl Sagan, na TV Escola, e também aos novos episódios da série com Neil deGrasse Tyson. Assisti na TV Escola a série Espaçonave Terra (Tous Sur Orbite, no original francês). Li muito mesmo sobre física, embora não seja capaz de realizar o mais simples cálculo. Há alguns anos Stephen Hawking esteve em evidência no cinema com um filme sobre sua vida (que ainda não o assisti). 
Quero, com esse parágrafo acima, é mostrar que meu interesse pelo assunto é maior do que minha incapacidade matemática. Se li mais de 10 vezes certos trechos do livro? Claro. Se tenho compreensão absoluta do que estava sendo explanado na obra? Óbvio que não, mas não é isso o que realmente importa, e sim, o despertar da consciência de que fazemos parte de um universo tão único que não vale a pena nos determos nas diferenças, porém nos aproximarmos para buscar a compreensão do que estamos vivendo. Certa feita ouvi de alguém que não compreendia o gasto em viagens espaciais, sendo que o mundo passava fome. Bem, graças ao avanço espacial, isto é, nos colocarmos em um local inóspito (fora da casinha Terra) que cientistas, inventores, e demais profissionais ligados à área, puderam desenvolver diferentes aparatos para melhorar a vida nesse mundo que passa não só fome, como tantas e tantas coisas que não citarei. São muitos avanços tecnológicos que só se concretizaram por estarmos fora da zona de conforto. Quando faço leitura de algo relacionado à física me sinto totalmente fora da zona de conforto. E é isso que busco, melhorar a minha compreensão em um ambiente não natural a mim, além de conseguir entender um pouquinho sobre a realidade que nos cerca.

Não tenho como ficar explicando sobre a obra. É boa de ler, eu adorei mesmo a forma como o autor conta sua história, sua relação com as coisas, admiração pelo universo que ele está inserido, a paixão por algo que tanto gosta. Gostaria muito de um dia escrever artigos com esta mesma fluidez, sem ficar se apegando a um modelo bíblico acadêmico, mas contando uma história, talvez como faço neste espaço virtual.

Comprei este livro no Submarino

Nada de novo no front - Erich Maria Remarque

Leitura iniciada dia 19/05, à meia-noite.

Esta obra foi lida em poucas noites. Poucas mesmo. Quando penso em guerra penso na Segunda Guerra; a Primeira não é levada em consideração, deixando claro que considero abominável qualquer guerra, mas é na questão de que nazismo e fascismo extrapolaram tantas coisas que só lembro da Primeira Guerra em se tratando de um período muito antigo. Enfim, minhas boas notas no Ensino Fundamental em História ficaram desbotadas e pareço cada dia mais distante daquela realidade em que dava muita importância aos assuntos humanos em detrimento aos assuntos digitais. Até não sei se pude me expressar da maneira correta, mas espero ter atingido êxito.
A história de um soldado alemão, que na guerra foi incentivado por velhos professores a participar, é muito intrigante, e revela aspectos de um mundo que não pode mais existir, um mundo em que a ingenuidade imperava. Um simples conselho dos mais velhos já não é mais válido como a verdade absoluta, pois é possível verificar qualquer sentença online. O lado ruim de hoje é não dar ouvidos as pessoas, sejam elas mais velhas, da mesma idade, ou mais jovens, só o que prevalece é o online. Enfim, não quero relatar sobre as atrocidades da guerra, mas sobre a ingenuidade de soldados que foram à guerra para defender ideais. O autor acaba revelando que não estava nem aí para tais ideais, que mais pareciam acadêmicos e não faziam sentido. Foi uma história que me deixou bem triste. Senti a solidão de um autor que não concordava com a realidade imposta a seus pares, mas que, a história mostra, não conseguiu atingir seu objetivo naquela época. A Segunda Guerra veio e aprendemos a odiar os alemães. Os livros e os mais velhos nos diziam isso, sendo que, óbvio, muitos lutaram contra tudo o que estava a ocorrer, porém foram silenciados, de diferentes formas. Nossa tendência a opor dois lados é tão heroica que sobrepõe a análise dos fatos, cegando a capacidade de compaixão. Que possamos enxergar além do que nossos olhos querem ver. Obrigado pela coragem, Erich Maria Remarque.

Você encontra este livro na Vitrola (ou na loja de sua preferência)