Há dois dias estou com dor de cabeça. Mesmo assim, sofrendo
desta condição indesejável, terminei a leitura de Neuromancer, de William
Gibson. É um livro complicado de ler, mesmo para quem já se aventurou a estudar
a cibercultura. Gibson inventou uma realidade (realidade?) virtual apocalíptica
em que os dispositivos tecnológicos criados pelo homem sobrepujam a vontade dos
criadores. A trama ocorre entre Case, um cowboy (hacker) que é sequestrado,
consertado e tem seu corpo ameaçado internamente por compostos químicos. A
condição para que não morra por estes compostos é realizar tarefas que lhe são
ditas apenas no momento certo.
Sem contar mais sobre a história, ela é difícil. Os termos
criados pelo autor levam um tempo para serem compreendidos, mesmo tendo um
glossário no final do livro, e alguns ainda são palavras que possuem outros
significados para nós, nos dias atuais. Eu já havia assistido aos filmes Matrix
e também os desenhos e lido sobre em sites, o que me auxiliou a imaginar certos
trechos da obra e correlacionar com o universo descrito. O que mais me deixou
noiado foi uma relação que fiz ao ver um filmete sobre o CES 2016. Acho que a
sociedade está totalmente abduzida pela tecnologia inútil. Aí fazendo uma frase
mais apocalíptica, até quando nós, humanos, seremos úteis para a tecnologia?
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