sábado, outubro 06, 2012

Resenha On The Road - Pé na Estrada

Abri a primeira página. Esse foi o último ponto visto durante todo o texto que será transcrito a partir de agora, tendo em vista de que o fato de abrir a página de um livro trouxe não apenas uma incrível história de alguns malucos que decidiram perder o caminho de casa para encontrar o caminho de um mundo de aventuras, mas uma nova forma de escrita literária que acabara de apoderar-se momentaneamente da minha maneira de fazer com que essas “letrinhas” caracteres ocidentais fizessem sentido e possuíssem significado para aqueles que as lessem, assim mesmo, correndo, como guepardos na África, embora nunca lá estivesse e também não estivesse uma só vez nos Estados Unidos da América, mas posso sentir que tudo o que li fora vivido por mim nesses apenas seis dias que foram levados para começar e terminar uma leitura para lá de divertida de On The Road – Pé na Estrada de Jack Kerouak, com tradução de Eduardo Bueno, e digo isso porque ri muito a cada hipster que era descrito na obra, a cada porrada de descrições de cenas inusitadas e ao mesmo tempo tão cotidianas e a cada viagem, que pode ter sido feita em muitas e muitas milhas ou quilômetros dentro de um carro, ônibus, trólebus, caminhão, a pé e o que mas estivesse disponível, ou não, para completar a maior viagem da vida de certos personagens, e que para mim esteve a alguns centímetros de distância, da cabeceira da minha cama estendia o braço e esticava com certa rigidez militar afastando o livro dos meus olhos para transportar as mirabolantes profusões de pensamentos e loucuras de Sal, Dean e os outros, incluindo o fato de que acabara de ler Dostoievski, também citado na obra e da mesma maneira, pois prefiro estar deitado na cama para realizar a leitura, afinal, confio nos autores que escolho para serem meus guias. E eis que forma desta retorna o ponto.