segunda-feira, abril 25, 2016

Livros do segundo semestre de 2015

Estamos no 4º mês de 2016 e apenas agora escreverei sobre os livros lidos no segundo semestre de 2015. Que absurdo. Para que isso não mais ocorra, escreverei sobre cada obra individualmente logo após ter lido.
Não lembro mais da ordem, portanto terei que fazer de modo aleatório.
Comecei a ler O Retrato do Artista Quando Jovem, de James Joyce, e logo vi que seria uma porrada. O tipo de escrita dele é meio perturbador e as ideias levam um tempo para serem concatenadas. Algumas ficaram perdidas e não se encontraram. Enfim, demorei muito para ler, pois achei difícil. Sobre a história, a narrativa é sobre a Irlanda, seus políticos, governantes, religiosos e escola doutrinadora, tudo isso em meio a crise. Parece com os dias atuais, com crise de tudo, existencial, religiosa, política, etc.
Li também Baudolino, de Umberto Eco. Já tinha contado com Eco por causa dos meus estudos em comunicação, afinal, Eco, que faleceu a pouco tempo, era teórico da comunicação, professor e essas coisas acadêmicas. A criatividade dele é incrível. Baudolino é um personagem que faz com os outros acreditem em suas histórias e entrem de cabeça em suas aventuras pela idade média, misturando crenças e religião e guerra. É como um escritor que faz com que sua ficção se aproxime o máximo da realidade e os leitores sigam suas histórias, embora muitas vezes elas os levem a cometer insensatez, como buscar o reino do preste João. Pareceu muito com um RPG. E que baita RPG este que Eco inventou. Ele era o legítimo mestre que, não utilizando de livro, criou os mais variados desafios (quests) para si e seus amigos, os personagens da história, misturando personas clássicas da idade médias com outras inventadas.
Finalmente li O Centauro no Jardim. Leitura realizada em uma semana. Fui em um momento em que minhas asas estavam meio machucadas, então fiquei bastante tempo na árvore. Ainda bem que minha visão ampla me proporcionou ler muito rapidamente esta obra sobre um centauro nascido no Rio Grande do Sul, mas com uma cultura judaica russa. Pena que este centauro, por mais que tenha conhecido uma esposa que o aceitou, mesmo ele se sentindo diferente, buscou outras forma para si, desistindo da vida de meio homem meio cavalo e tornando-se algo que não era. É um obra, que na minha ideia, remonta uma ideia de aceitação na sociedade, sendo ele alguém deslocado no mundo em que escolheu viver, mas que no fim aceita que nem tudo na vida é como quer.
Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, me fez refletir sobre que mundo quero para meu presente, não meu futuro. As ideias apocalípticas que vi ali sobre a vida e o modo de criação da humanidade lembra o que vivemos nos anos 90, com a clone Dolly, aquela euforia de melhoramento genético. É um ótimo livro.
Termino com A Música ~do~ Silêncio, de Patrick Rothfuss, em uma história bem curta e com uma narrativa exótica para um livro sobre Auri, personagem misteriosa de As Crônicas do Matador do Rei, também do autor. Gostei muito de sair do eixo da narrativa tradicional de Kvothe. Embora não tenha aprendido muito sobre a Auri, pude ver como o relacionamento dela com o mundo ao seu redor pode trazer benefícios sobre o mundo ao meu redor, principalmente com o respeito que devemos ter com tudo o que nos cerca.

Estas foram as obras lidas. Espero poder ler mais ainda este semestre.
Você encontra estas obras na

Vitrola:
JAMES JOYCE - RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM

MOACYR SCLIAR - O CENTAURO NO JARDIM

PATRICK ROTHFUSS - A MÚSICA DO SILÊNCIO


Saraiva:
ALDOUS HUXLEY - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO


Cultura:
UMBERTO ECO - BAUDOLINO

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