tag:blogger.com,1999:blog-17453151305859568562024-03-05T15:13:54.046-03:00Um Visionário em MarteSe determino que o universo é infinito então há infinitas possibilidades de vida no universo.Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-63596486439238481912023-02-15T23:59:00.003-03:002023-02-15T23:59:26.892-03:00A Batalha do Apocalipse<p>Diferente do que eu esperava encontrar, a Batalha do Apocalipse é uma história interessante que versa sobre anjos e demônios, mas nem todos os anjos são anjinhos e nem todos os demônios são diabólicos. É um romance que tem como pano de fundo a guerra entre os anjos, divididos em dois grupos, seguidores de Miguel e seguidores de Gabriel. Há também os renegados, anjos que se rebelaram há tempos e não moram mais no céu, mas sim na Terra. No caso só há um ainda em batalha, Ablon, que é o personagem principal da trama. Tudo se encaminha para o Apocalipse, os humanos estão em guerra, os anjos estão em guerra, o inferno está pronto para entrar na guerra angélica e Ablon tem sua história contada desde os tempos mais remotos entrecortada com eventos atuais, os chamados "sinos" para o fim do mundo, que é cada evento humano em direção à guerra e destruição em massa devido às poderosas armas que os exércitos têm atualmente. </p><p>Eu realmente não esperava ler um romance assim. É uma boa obra. Desperta muito interesse em continuar a ler. A cada capítulo eu conseguia imaginar uma série ou um filme. Se há críticas quanto ao livro essa é uma, a de que parecia mesmo que é uma obra ou roteiro pensado em ser um seriado. O personagem principal passa por maus bocados, encontra um amor, eles têm um motivo para se separar, acabam vivendo suas vidas sem nunca esquecer um do outro, mas a cada aproximação o destino os leva a outros caminhos, até que em uma batalha final o herói salva o mundo, o céu e também a sua amada, e eles, finalmente, conseguem ficar juntos.</p><p>Assim que terminei a leitura deste livro já comecei a obra seguinte, Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida. O mundo criado pelo autor, Eduardo Spohr, é muito rico e interessante, com uma perspectiva sobre os anjos e seu papel no universo muito diversa da encontrada na religião, porém bem baseada naquilo que é narrado pela igreja.</p><p><br /></p>Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-4572178021052185242022-02-28T01:21:00.001-03:002022-02-28T01:21:14.908-03:00O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas<p>Romance de capa & espada do séc. XIX, mas não é sobre isso. A vingança é o tema central dessa história mirabolante. Em certas partes senti falta de detalhamento das cenas, as descrições eram muito simplórias, os planos bem elaborados e todos chegavam ao final na forma como o protagonista planejava, sem surpresas para ele. Alexandre Dumas contava com o auxílio de demais autores para escrever suas histórias, mas eu gosto muito dessas histórias. Em 2013 (ou 2012) eu havia lido Os Três Mosqueteiros, edição muito boa encontrada em um sebo. Dessa vez a leitura se deu no Kindle usando a assinatura prime, empréstimo. Foi interessante fazer a busca no dicionário das palavras em que não conhecia ou mesmo das expressões em francês. Depois de utilizar esses recursos não sinto mais vontade de ler no papel, embora seja mais prazeroso. Leitura feita em 3 noites de muitas horas seguidas de esforço, mas como cada capítulo terminava com gostinho de quero mais, terminou rápido. Meus olhos sofreram muito no dia seguinte, ainda tenho partes vermelhas. Já tive um derrame em forma de chama na retina ano passado. Vai até que funciona, vou ficar cego mesmo em breve e que se foda.</p>Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-37020708081850242332021-10-30T01:11:00.002-03:002021-10-30T01:32:46.186-03:00Homo Ferox: As origens da violência humana e o que fazer para derrotá-la, de Reinaldo José Lopes<p>Há muito não escrevo sobre o livro lido, falha minha, porém corrigível, basta acrescentar ao blog palavras sobre a obra. Desta vez faço isso logo após terminar a primeira leitura do livro "Homo Ferox: As origens da violência humana e o que fazer para derrotá-la" de Reinaldo José Lopes. Esta tentativa de atualizar o blog se dá à meia-noite de sábado, 30 de outubro, uma semana após receber, graças ao incrível esforço do Blablalogia em presentear alguns dos seus, essa obra que trata sobre a violência, não apenas do ser humano, como sugere o título, mas também de demais animais, embora tenha como foco o animal humano ao longo da história. </p><p>Foram 310 páginas lidas em uma semana, mas de leitura muito leve, que me lembrou muito a de uma revista a mim muito querida, a Superinteressante, memória afetiva minha dos anos 90, quando comecei a ler as reportagens sobre ciência, mesmo sem saber que existia uma profissão e um mercado de trabalho para isso, enfim, o jornalismo. Reinaldo é jornalista, escreve principalmente sobre os feitos e descobertas da ciência. Durante a leitura, senti como se estivesse lendo um grande reportagem, com muitos dados e pedaços de entrevistas feitas com cientistas, que embasavam a visão do escritor sobre o tema, além de infográficos que ajudavam a elucidar o assunto. Falar sobre violência não deve ser fácil, mas o autor conseguiu com maestria deixar leve, leve mesmo, essa questão tão pesada e incômoda como o elefante na sala da humanidade. </p><p>O que fazer para derrotar a violência sem usar de ainda mais violência? Algo inpensável para muitas pessoas que só veem um mundo dicotomizado, o último capítulo do livro aborda esssa questão, em alguns passos, numa tentativa que faz muito sentido, afinal, de que adianta falar sobre esse problema da violência se nada for feito para saná-la? São reflexões muito condizentes com o atual cenário em que vivemos.</p><p>Mais uma vez, agradeço a equipe do <a href="https://www.youtube.com/c/Bl%C3%A1Bl%C3%A1Logia" target="_blank">Blablalogia</a> por ter me proporcionado um exemplar, Imperatriz Milla e Emílio, demais integrantes, e parabéns <a href="https://twitter.com/reinaldojlopes" target="_blank">Reinaldo</a> por ter escrito essa obra. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoFeaFW8F4zVv2i-ClLlr0O0DR1joD2h-LO8QqFu4jlAY3ZOj-uoLHgK2poEarByMX2B-g3niWINvCGvFWVEi-22LJejKdAi6iu2nE54Yz5ylNxxgm8EAUTgT0ykPO8wQBO8t0hfak04g/s2048/IMG_20211022_174148+%25281%2529.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1152" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoFeaFW8F4zVv2i-ClLlr0O0DR1joD2h-LO8QqFu4jlAY3ZOj-uoLHgK2poEarByMX2B-g3niWINvCGvFWVEi-22LJejKdAi6iu2nE54Yz5ylNxxgm8EAUTgT0ykPO8wQBO8t0hfak04g/w360-h640/IMG_20211022_174148+%25281%2529.jpg" width="360" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Homo leitor segurando com uma mão o livro Homo Ferox e com a outra mão registrando esse momento, Miguel Scapin - outubro de 2021</td></tr></tbody></table><p><br /></p><p>HOMO FEROX: AS ORIGENS DA VIOLÊNCIA HUMANA E O QUE FAZER PARA DERROTÁ-LA - 1ª ED. (2021)</p><p>ISBN: 9788595087033</p><p>IDIOMA: Português</p><p>PÁGINAS: 320</p><p>ANO DE EDIÇÃO: 2021</p><p>EDIÇÃO: 1ª</p><p>AUTOR: Reinaldo José Lopes</p>Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0Frederico Westphalen, RS, 98400-000, Brasil-27.3587196 -53.3993835-55.668953436178846 -88.5556335 0.9515142361788449 -18.2431335tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-43206130475585082362021-04-10T00:18:00.000-03:002021-04-10T00:18:01.135-03:00Sobre os vários livros que li em 3 anos e que não foram publicados aqui<p>Eu li vários livros bons desde 2018 e não escrevi resenha, resumo, lembrete, notinha de rodapé, post it, enfim, nada neste blog. O único propósito do blog era deixar registrado o que eu lia para que eu soubesse o que havia aprendido. Aprendi. Sim, aprendi que me excluí. Deletei, apaguei, joguei para baixo do tapete minhas opiniões, meu temperamento, minhas preferências, meus gostos, meu jeito, tudo, tudo o que fazia com que a minha marca pessoal existisse e que pudesse ser alvo de críticas, de julgamentos. Não foi apenas neste blog, mas em redes sociais, em redes de amizades presenciais, em tudo. Os textos não escritos aqui refletem a minha realidade de omissão a tudo. É o período mais triste de quem sempre se expressou com sinceridade, esconder-se atrás de uma fina casca de imaturidade. Há um livro ao lado da cabeceira da cama e pelo julgar da hora, 12h14, logo eu estarei lendo o terceiro volume da coleção The Starbuck Chronicles - Battle Flag, de Bernard Cornwell. Pode ser que eu volte a publicar o que li e o que tenho lido aqui neste espaço. Preciso primeiro me encontrar, ou encontrar o que sobrou do Miguel passados 3 anos escondido numa brincadeira de esconde-esconde sem fim.</p>Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-73297915209965761572018-07-29T02:04:00.000-03:002018-07-29T02:04:10.427-03:00Maturidade e velhice (ou O amor nos tempos do cólera)Finalmente chega um momento da vida em que se decide quais caminhos serão seguidos. Isso pode acontecer muito breve, aos 17 anos, com a escolha e aprovação no curso universitário, ou aos 30 anos, quando se tem, no mínimo, seis ofícios para se trabalhar. Esse último é o meu caso. E isso dificulta muito. Essa liberdade em escolher o caminho me deu tantas portas a serem abertas que nunca me dei por conta de fechá-las. Mas, como pude aprender, da vida nada levamos. Aos 30 não tenho mais paciência para ir a lugares que não quero, passar tempo em festas em que não me sinto bem para ter a oportunidade de conhecer alguém e me relacionar, por mais breve que seja esse relacionamento, com essa pessoa. Aos 30 não tenho a vontade que tinha antes disso. Ao ler O amor nos tempos do cólera percebi que nem todas as pessoas precisam se casar e ter filhos com a pessoa amada enquanto são jovens. Gabriel Garcia Marquez foi tão sutil em sua história que só pude entender melhor o que se passou depois de algumas semanas após ler a obra. Sempre na tentativa de viver as emoções ao máximo, deixei de sentir essas emoções. Perdi a beleza de se apaixonar depois de sofrer por alguém. Perdi os momentos de ansiedade por não acreditar que alguém seria feliz ao meu lado. Na minha escolha de não viver, fiz uma escolha egoísta, não tão diferente da de Florentino Ariza em esperar que Fermina Daza estivesse a fim de partilhar do convívio com ele. Foram longos 50 anos para que esses dois personagens formassem o casal que Florentino desejava. Eu escolhi não formar casal algum. Egoísta que sou, pode ser mesmo, porém não me verei comparecendo a ocasiões em que não me sinto bem. Se são 30 ou 80 anos, não importa, não serei eu a ser um Juvenal Urbino por conveniência. Não serei eu a aguentar a vida morna.Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-27562421898855880032018-04-12T11:01:00.001-03:002018-04-12T11:03:58.192-03:00Carta aberta ao senhor Carl Sagan ou minha revisão de O Mundo Assombrado pelos DemôniosEstimado senhor Sagan,<br />
<br />
Tive conhecimento de sua existência quando da sua ausência. Explico. Em 1996, aos 8 anos de idade, minha mãe realizou a assinatura da revista brasileira Superinteressante, e no editorial do quarto exemplar em que recebi em casa soube da sua morte. Até aquele momento não sabia quem você era, muito menos o que tinha feito, mas ao ler aquelas palavras soube que era um importante divulgador científico. Já se passaram muitos anos. Minha curiosidade sobre a astronomia continua, embora tenha tido altos e baixos nesse tempo. E entendi melhor, aos 30 anos, por que não me interessei em seguir uma carreira acadêmica voltada à física, quando li seu livro O Mundo Assombrado pelos Demônios. Não encontrei nenhuma receita Winchester de como se livrar destes demônios (foi uma piada, às vezes acho que sou engraçado), mas percebi que como seres pensantes temos que nos desenvolver melhor, livrarmos de amarras que nos prendem a superstições. Estas correntes fazem parte do mundo ocidental em que vivemos. Não vou entrar no caso da religião. Keppler que o diga, lidou bem com isso, mas claramente o cenário de 2018 no Brasil é bem assustador. A ignorância e intolerância se propagam com rapidez através de algo chamado internet, que ainda engatinhava quando o senhor escrevia o referido livro. Fizemos boas coisas com a internet, mas também coisas ruins. Estamos totalmente conectados em aldeias globais, podemos nos comunicar rapidamente com os outros, e aqueles mesmos desejosos por enganar os outros continuam a existir também nessa rede. São inúmeros os casos de notícias falsas, propagadores de invencionices que causam espanto até mesmo naqueles senhores que criaram os círculos nas plantações, que mesmo admitindo a autoria do ato, seguem sendo copiados mundo afora. O seu livro trata bem do caso americano de ensino. Não é muito diferente do país em que vivo. Saiba que aqui é pior, muito pior. Professores não recebem o seu salário inteiro porque o governo alega não ter dinheiro, enquanto gasta milhões em outras coisas, só para citar um exemplo. Mas nem tudo é tão ruim. Há cidadãos neste mundo REDONDO (sim, a crença do planeta plano persiste e se espalha com força no globo, GLOBO) que se esforçam para realizar a divulgação científica, seja em salas de aulas, canais na plataforma de vídeos online, palestras em locais públicos e privados, além de outros lugares. O Dragão Invisível segue à solta, mas novos São Jorge bem visíveis surgiram com lanças poderosas a espetar o peito metálico da ignorância. O mundo segue a ser assombrado pelos demônios, agora com esteroides, senhor Sagan. Não sabemos se um dia eles deixarão de existir, porém é isso que faz do trabalho da ciência desafiador, superar os limites do conhecimento para depois questionar esses limites e seguir nessa constante busca pelo saber.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjitBuBogO4i197VVjncIlmi99NOZeJVwFa5uCJVJwIt-5HLg_fyOW3rs6SYGr8BK7IaaxWeas-yqWHATX5O1P5_QMtDELWjjUD4h9V99R-kxMSpoWWIAlwFxejKK01Ta6Dw8O_2nOkzfeZ/s1600/5552018SZ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjitBuBogO4i197VVjncIlmi99NOZeJVwFa5uCJVJwIt-5HLg_fyOW3rs6SYGr8BK7IaaxWeas-yqWHATX5O1P5_QMtDELWjjUD4h9V99R-kxMSpoWWIAlwFxejKK01Ta6Dw8O_2nOkzfeZ/s400/5552018SZ.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Crowley assombrando o mundo (mais uma pida sem graça minha)</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<br /></div>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-91922801057264086832017-09-22T21:15:00.004-03:002017-09-22T21:15:59.074-03:00A Sangue Frio - Truman Capote<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Open Sans'; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Truman Capote levou alguns anos para escrever A Sangue Frio. Eu levei bem menos tempo para escrever este texto, porém só o fiz depois de, talvez, 10 anos. Começou ainda na URI, durante o projeto de literatura-cinema. Os alunos deveriam ler a obra e depois assistir algo relacionado ao livro retratado no cinema. Calhou assistir Capote, de 2005, dirigido por Bennett Miller com Philip Seymour Hoffman no papel do jornalista/escritor Truman Capote. A Sangue Frio conta a “história dos quatro membros da família Clutter, brutalmente assassinados, e dos dois criminosos, executados cinco anos depois”. A informação está na capa do livro. Spoiler alert pra quê? Já sabemos o que aconteceu e como terminou. Só que não é bem assim.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Open Sans'; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Open Sans'; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao ler o livro pela segunda vez, algo que dificilmente faço, fui prestando atenção a outros aspectos que passaram batidos na primeira vez. Na verdade minha memória não tem a capacidade alegada por Capote de “95%” de acurácia. Eu nunca testei e nem vou testar, tendo em vista que o motivo deste blog é para poder recordar o que li. Portanto, não lembro se prestei atenção a aspecto algum, porém nas últimas semanas, aí sim, fiquei intrigado com a escrita do texto. Fiquei pensando em como o jornalista conseguiu as entrevistas, como articulou as perguntas, como escolheu, das 8 mil páginas, aquelas que fariam parte da história, as que interessavam, que deixavam o texto fluido, que faziam sentido. Penso na maneira que ele dispôs os diálogos, as escolhas que fez para intercalar as histórias dos dois assassinos percorrendo as estradas, das pessoas da pequena cidade do interior do Kansas, dos Clutter, que seriam mortos. E ainda, quando eles são pegos pela polícia, das horas que ele passou conversando com os criminosos. Como ele conseguiu tudo aquilo? Está tão bem amarrado que fica difícil imaginar como alguém não inventou aquilo. Ao final da obra, podemos ler as críticas do “romance de não-ficção”, como cunhado por Capote para se referir a sua obra. E claro, elas se dirigem aos diálogos criados pelo romancista. </span></div>
<span id="docs-internal-guid-18a2a867-ac15-876e-9a0d-afd13f7ec50d"></span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Open Sans'; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Open Sans'; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Inventadas, imaginadas, tiradas da boca das testemunhas reais, ou colocadas, posteriormente, as palavras têm todo o poder no jornalismo. Se uma imagem vale por mil palavras, não há imagem que possa despertar tantos sentimentos quanto uma história bem contada, recheada de palavras, como essa, contada por Truman Capote, que levou 6 anos para ficar pronta e ser publicada. E entrar para a história da literatura e do jornalismo.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLdTvqmIJ8ZfgYJdtpK04HvfishORQho4FhJsKYKFBdp5i4QK6gv5HNrOpSHKRMk9d9KNns0Hf9Gx2cAjPbG3cq-JJSITN6rbug3mam76OhelYNH2sUx13u5nZyg2yMPFFeLPofMH-1Tlx/s1600/20170922_210350.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="899" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLdTvqmIJ8ZfgYJdtpK04HvfishORQho4FhJsKYKFBdp5i4QK6gv5HNrOpSHKRMk9d9KNns0Hf9Gx2cAjPbG3cq-JJSITN6rbug3mam76OhelYNH2sUx13u5nZyg2yMPFFeLPofMH-1Tlx/s400/20170922_210350.jpg" width="223" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />Coloquei um pouco de movimento na edição para dar sensação de passagem de tempo</td></tr>
</tbody></table>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-25235868897702035062017-09-22T21:09:00.000-03:002017-09-22T21:09:04.372-03:00Sapiens: um breve história da humanidade<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sapiens: uma breve história da humanidade é uma obra incrível. Muito mais do que uma apresentação da evolução do ser humano, </span><span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Yuval Harari conta uma história rica em detalhes sobre nós mesmos ao longo dos milênios em que diferentes espécies de humano conviveram neste planeta. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Diferindo de conceitos desatualizados, o </span><span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">homo sapiens</span><span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> não foi o único humano na Terra, outras raças de ser humano existiram ao mesmo tempo que nós (será que éramos nós?) mas pode ser o último. Os passos que nos tornaram humanos são explorados em diversas áreas de conhecimento, não relegando apenas a biologia e a questão evolucionista. O autor é professor de história e soube muito bem viajar por temas que não são, necessariamente, sua especialidade. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A história, como disciplina, vem utilizando muito bem os avanços da ciência para embasar sua metodologia e isso contribuiu para que o autor traçasse uma linha do tempo em seu texto. Os estudos sobre o DNA nos mostram que somos todos aparentados, porém podemos ter “pedaços” em nossa cadeia celular vindos de outros seres humanos que não são do </span><span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">homo sapiens. </span><span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas é isso que nos difere dos outros? Não. Nosso DNA (se você está lendo isso é porque é um humano, outros animais não conseguem ler) Melhor ainda, o autor questiona, o que nos difere dos animais? Um chimpanzé é apenas 1% diferente de nós em termos de DNA. Outros animais também não estão tão longe assim de nós, mas todos eles não conseguem fazer algo muito fácil para o ser humano. Se você acha que a resposta é a fala, saiba que não. É a nossa capacidade de acreditar em coisas inventadas por nós mesmos. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Acreditamos em dinheiro, na sua existência, porém dinheiro não existe na natureza. Nenhum animal utiliza dinheiro para conseguir comida, mas nós fazemos assim. Também acreditamos em outras coisas inventadas, e não é só no papai noel. Empresas, aquelas coisas sólidas, não passam de invenções da nossa cabeça, acreditamos que ela existe e saber disso não fará a empresa deixar de existir. Ela continuará a existir, mas são coisas criadas pelos seres humanos. Outro ponto que o autor relata de forma coerente é a escravização do </span><span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">homo sapiens</span><span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> pela agricultura. De caçador-coletor, nômade, que avançava territórios sem colocar cercas, o ser humano passou pela maior transformação na história, deixou de ser livre para se estabelecer nas terras e cultivar o alimento. Isso criou o ponto de virada. Isso ocorre até os dias atuais. </span></div>
<span id="docs-internal-guid-e0d8ddb4-ac09-d1c3-13a5-ee2d4ae9a09e"></span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não vou continuar a descrever a história. Não é exatamente este o objetivo do blog, portanto paro aqui. Ler esta obra me proporcionou contato com assuntos que me interesso muito e que podem fazer parte da minha próxima carreira, por que não? </span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgecwfkZCM-rZjW8gWsuX0qIs7wv5v_DFn3YrUR78hpZhK0C6lJQfNElWHvPS55n_r9HoFK2xOfQk3Cw-EFIo6us3o8RnQ0AkKFImmfvbuCkjQ06XTyox4JbKwbbWp-SSPJR0tz1WSJnX-n/s1600/20170922_210226.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1107" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgecwfkZCM-rZjW8gWsuX0qIs7wv5v_DFn3YrUR78hpZhK0C6lJQfNElWHvPS55n_r9HoFK2xOfQk3Cw-EFIo6us3o8RnQ0AkKFImmfvbuCkjQ06XTyox4JbKwbbWp-SSPJR0tz1WSJnX-n/s400/20170922_210226.jpg" width="276" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem do Coliseu apenas para indicar que possuo uma réplica dessa importante obra romana</td></tr>
</tbody></table>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: white; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-22271950432521409922017-06-12T18:37:00.001-03:002017-06-12T18:37:41.989-03:00O Portador do Fogo - Bernard Cornwell<b><span style="font-family: inherit;">Crônicas Saxônicas - Livro 10</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">Bernard Cornwell, o inoxidável, traz a história de uma Inglaterra em processo de formação através dos passos de <span style="background-color: white; color: #222222;"><b>Uhtred de <i>Bebbanburg</i></b>, </span><b style="background-color: white; color: #222222;">Uhtred <i>Uhtredson</i></b><span style="background-color: white; color: #222222;">, </span><b style="background-color: white; color: #222222;">Uhtred<i> Ragnarso</i>n, </b><span style="background-color: white; color: #222222;">ou ainda, <b>Uhtred o </b><i style="font-weight: bold;">Terrível</i>. São anos e mais anos de uma trama que envolve a família real inglesa, mesmo antes de existir uma Inglaterra. Começando com o rei <b>Alfredo</b> e seu sonho de uma terra unificada entre os Anglos (embora também existissem os Jutos e aquela galera de Gales), Uhtred acompanha cada mudança de poder entre os reinos que um dia formariam um país. E mesmo sendo um pagão, um senhor de si mesmo, com sua fé está baseada nos preceitos dos deuses antigos como Odin e Thor, ele lutou contra as invasões de povos cujas crenças eram as mesmas que as suas. Tudo isso por lealdade. E interesse pessoal também. Mas o que acontece no décimo livro, o décimo capítulo dessa história repleta de batalhas, sangue e mortes?</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #222222;">O Livro 10 das Crônicas Saxônicas segue uma narrativa muito próxima dos demais livros. O autor apresenta um guerreiro cada vez mais velho e astuto em busca da retomada de seu castelo, Bebbanburg (Castelo de Bamburgo), na Nortúmbria, um dos reinos da época. O castelo ficava ao norte, divisando com o reino da Escócia. Nesse ponto Cornwell mostra que a paz entre os povos era uma utopia. Invasões de fronteiras, roubos de propriedades e confrontos eram constantes entre os moradores dos diferentes reinos. Fato.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: inherit;">Outro fato que se mantém na narrativa são as alfinetadas que Cornwell dá, através de Uhtred, na igreja católica, que apoiava as constantes lutas entre os cristãos, mas pregava a paz, que buscava o perdão entre os irmãos, mas que desconsiderava que irmãos também eram todos e não apenas os poucos escolhidos, que pregava a humildade, mas se </span><span style="color: #222222;">regozijava</span><span style="color: #222222; font-family: inherit;"> em prata e outro sempre que possível, requisitando terras e recursos para a construção de igrejas, porém apoiando a destruição de igrejas dos escoceses, bem como desejando sua morte em confrontos, como se não fossem crentes ao mesmo Deus. O autor mostra um grande conhecimento da igreja católica da época e revela através dos diálogos de Uhtred com padres seu pensamento sobre a religião, sempre com uma pitada de humor do pagão odiado por bispos e demais religiosos.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: inherit;">Sendo o décimo livro fica complicado encontrar surpresas no decorrer do enredo. Uma hora ou outra, se o leitor acompanha desde o livro 1, Uhtred, que foi expulso de Bebbanburg, retomará a fortaleza de sua infância. E é nisso que se baseia esse livro, nas artimanhas que o guerreiro cria para derrotar seu primo, senhor da fortificação da família Uhtred. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: inherit;">Para tanto, ele precisa sair do cerco deixado no livro 9. É convencido a se retirar por forças contratadas por Uhtred Usurpador (essa alcunha eu quis criar, não lembro se está no livro, mas é que usurpador é uma palavra muito contextual para a situação). Nisso ele se volta a seu genro, tem conversas com o rei Eduardo, com sua eterna paixão Aethelflaed, despedindo-se para sempre dela, e cria um embuste de que está de partida para a Frísia, posiciona o seu pequeno exército em direção ao norte, deixa acertado com seu genro onde ele deverá levar seus guerreiros e apostando sempre na vitória, <strike>ele joga entre 18 e 20 nos dados, tira dano crítico quando necessário, toma alguns golpes do adversário, mas nada que o impeça,</strike> retoma o castelo de Bebbanburg. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: inherit;">Eu continuo lendo porque quero ver o fim dessa história. Ela é contada por um Uhtred velho. Há breves relatos do futuro após essa guerra toda. Ele se dirige a seus netos. Sabemos, previamente então, que em algum ponto da vida, seus filhos têm filhos, que ele deixa de guerrear e está estabelecido em algum lugar. A maior parte desse livro é ficção, sem conexão com a história ocorrida na época. Bernard Cornwell disse que não tem previsão para o último livro da saga. A obra se tornou um caça-níquel. Se eu gosto? Sim. As batalhas são muito bem descritas. Nesse livro Uhtred usa muitos recursos. Barcos, cavalos, lanças, escudos, espadas. Faz incursões à floresta, se esconde, faz mil e uma estratégias para superar seus adversários. Mas tudo já foi visto. Tudo mesmo. Nada de novo. É ótimo ler. Sério. Mas está chato esperar tanto para saber quando Uhtred pendura as chuteiras, ou no caso do guerreiro pagão, as espadas, escudos, <i>seax</i>, machados ou qualquer outra coisa que possa ferir.</span></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTaiwhvhKFvGUeGpL6YajB8JQ4BCx3HCzSfQDmRfOz39L8Hml3hhf-DzWxcqPQP0Q7IhomrSKr5YadcyMo6KExoOU0NZkg3hETpnrP10i_Yw-YMJj6G7dhJ7vJLZ4H_VLQa2tyHDGeHlyI/s1600/20170612_182805.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1026" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTaiwhvhKFvGUeGpL6YajB8JQ4BCx3HCzSfQDmRfOz39L8Hml3hhf-DzWxcqPQP0Q7IhomrSKr5YadcyMo6KExoOU0NZkg3hETpnrP10i_Yw-YMJj6G7dhJ7vJLZ4H_VLQa2tyHDGeHlyI/s400/20170612_182805.jpg" width="256" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dedo desproporcional em relação à capa, pois eu quis assim</td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: inherit;"><br /></span></span>Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-41423349476649025852017-04-11T17:13:00.002-03:002017-04-11T17:15:51.133-03:00O Herege (A Busca do Graal) - Bernard Cornwell<i>A busca pelo Graal finalmente chega ao fim. Este é o último volume da obra <b>A Busca do Graal,</b> dividida em 3 livros. <b>O Herege</b> finaliza a história que tem <b>Thomas de Hookton</b> como protagonista. O jovem arqueiro inglês, de origem francesa e nobre, porém filho bastardo e pobre de um padre que roubou e fugiu de sua família, migrando para a Inglaterra, consegue atingir alguns de seus objetivos, ao passo que o cavaleiro da peste adentra a Europa em 1347.</i><br />
Como já mencionado, a <b>Guerra dos Cem Anos</b> é o pano de fundo para a história. A Inglaterra faz incursões na França, e graças às táticas de guerra e também aos arqueiros ingleses (as armas de fogo eram terrivelmente ruins, caras e pouco eficazes) que eram o terror de seus adversários, avançam em muitos lugares. Thomas, junto de seu amigo Robbie, o escocês, e de Sir Guillaume, leva seu grupo de homens para o interior da França. A ideia é chamar a atenção de seu primo Guy Vexille. Mas até que isso acontecesse, ele salva uma mulher da fogueira, perde a confiança de seu amigo Robbie, é afastado de seu bando e se eu continuar a escrever perderá a graça.<br />
O que podemos tomar como base é a descrição da peste negra que assolou o mundo a partir de 1347. Vinda da ásia, a peste até hoje não foi bem esclarecida. A principal ideia é que as pulgas presentes nos ratos carregavam a bactéria, atingindo os seres humanos através da picada destas pulgas. As camas eram feitas de palha, local onde os ratos se escondiam. Ratos gostam de passar o dia escondidos. A descrição da doença como Peste Negra se dá pelos sintomas relatados por escritores da época. <i>"</i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13px;"><i style="color: rgba(0, 0, 0, 0.870588);">Os sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos, que podem ficar grandes como ovos de galinha, na virilha, na axila ou no pescoço. Eles podem ser sensíveis e quentes. Outros sintomas incluem febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares." </i></span> Alguns historiadores apontam que 50% dos moradores da europa morreram em apenas 1 ano. Alguns dizem que esse número foi ainda maior. O que <b>Cornwell</b> relata é que muitas pessoas morreram, inclusive em sua história. Thomas escapa da peste. E isso é absolutamente possível. Nem todas as pessoas pegaram a peste e nem todos morreram, mesmo tendo sido infectados. Isso é mais um mistério da medicina. O médico do Papa da época pegou a peste e se curou. Fez muitos relatos e hoje é visto como um dos pilares da medicina moderna, por ter examinado e descrito o que viu em seus pacientes, bem como aquilo o que sentia enquanto doente e o que fez para manter-se vivo. Embora essa informação não seja compartilhada no livro, achei interessante colocá-la aqui, pois há um contraponto que esclarece uma questão de saúde pública. Em determinado trecho da história, Thomas mantém contato com leprosos, doença hoje chamada de Hanseníase, e que por milênios acreditava-se que o contágio se dava pelo toque no paciente, ou no uso de seus pertences. Enfim, os leprosos eram afastados do convívio social com outras pessoas e essa doença era a terrível peste do mundo. O abade Planchard, que se torna amigo de Thomas, confirma a ele que não é assim que se pega a doença, senão todos os padres, abades, freis, etc, que cuidam dos doentes (em uma abadia na qual Thomas e sua garota se encontraram em determinado período da história) estariam com a terrível doença. Hoje sabemos que a doença se espalha por gotículas de água no ar, contágio através do espirro e tosse, e que mesmo assim há chances de não contrair a doença, dependendo da saúde de cada indivíduo.<br />
A informação é dada a Thomas quase no mesmo instante em que recebe a informação de que uma peste se espalha na europa e mata metade da população de cada localidade. A Peste Negra tomou o lugar da lepra como a Peste do Cavaleiro da Trevas, anunciada na Bíblia.<br />
Outro ponto interessante e que permeia o período medieval é a religiosidade, o medo da igreja católica. Muitas crenças herdadas de culturas mortas andam lado a lado com a maneira cristã de viver. Cada comunidade tem as suas e as misturam com o jeito católico de ser, mas há um medo fortíssimo da igreja. O Papa é um líder poderoso, que comanda muitos fiéis. Quando a peste chega muitos acreditam que seja um castigo de Deus pela sua maneira infiel de viver e acabam buscando as igrejas, se instalando lá. A peste matava em poucas horas, mas tudo devido às péssimas condições de vida da época. Gosto muito de ler na minha casa, tomando um café, uma água, estando aquecido, enfim, tenho conforto. Não sou rico, longe disso, porém ao ler sobre esse período me sinto privilegiado. As condições eram terríveis, e mesmo não sabendo exatamente o que foi a Peste Negra, as mortes foram substancialmente multiplicadas por causa dessas condições. Na época vivia-se uma aglomeração de pessoas. Facilmente vilas eram criadas, fortificações surgiam. Lembrando que o sistema era feudal e que a maioria da população era paupérrima, devendo sua vida aos senhores, que faziam o que bem queriam, desde que pagassem impostos aos seus superiores, os reis. Com as pessoas aglutinadas em locais como a igreja, a morte corria como um corcel.<br />
Thomas não faz mais parte dos crentes. Ainda que acredite em Deus e tenha sofrido muito por ter sido excomungado, ele segue sua vida de volta à Inglaterra e ao Graal, sem ter contraído a doença. Isso me faz pensar que o autor tenha colocado essa ideia de heresia para mostrar que ser católico não trará salvação terrena alguma, que todos somos mortais e que ninguém é superior aos demais por ter determinada conduta religiosa. Ao encontrar o que ele supôs ser o Cálice Santo, realiza um ritual de purificação para si e para sua amada, a garota salva da fogueira, tida como uma bruxa ou algo parecido, tornando-os cristãos novamente pelo poder da Taça. Após, segue um conselho de Planchard e atira o Cálice no mar, longe de tudo e todos, para que essa busca que matou tantas pessoas acabe. É o medo da igreja que faz com que Thomas deixe de ser um herege, mas é o fato de ter sido um herege que o deixou vivo, pois ele "foge da doença". Muitos nobres sobreviveram ao período crucial de 1 ano de peste por terem avançado seus postos para casas de veraneio no interior, longe das pessoas, da aglutinação de pessoas da urbe. Longe também da concentração de ratos e pulgas. O nosso protagonista fez quase o mesmo em seu retorno, andando pelo interior, afastado das pessoas. Como um herege fugindo da justiça dos homens, ele age como os leprosos, vivendo entre as sombras da civilização. Outro ponto visto no livro, quando ele se camuflou vestindo as roupas dos leprosos, sem ter medo de contrair a doença. É um recado do autor de que não importa sua inclinação religiosa, bom mesmo é ser bom com as pessoas. Embora houvesse uma guerra, cada povo envolvido queria o Graal por ele "ter o poder de acabar com a guerra". Seria mais fácil atingir esse objetivo se eles não guerreassem. O Graal não salvou ninguém da peste. Talvez a sua busca tenha salvado Thomas e seu pequeno grupo.<br />
O livro termina com o fim do Graal. Ou pelo menos com o fim do Graal do padre Ralph, pai de Thomas. Há relatos de outros Cálices Santos pela Europa. Assim como outros artefatos santos, como espinhos da coroa de Cristo, pedaços da cruz, dentre outros. O mistério do Graal chega ao fim. Já o mistério da real origem da peste e toda a consequência de tantas mortes apenas começara.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4QYFxiUpJFpuRNHNbbtVxLsz7dqpVnYPI_Sdjw_zSQvitnw39T8ptEqCkor-8SkDJG75DwevNAO0XEY19HH8wcLO3Ih6-tKE9A1xTPcZZgb9H-ZUZYnZwYZeeAjUQe1ZaUVbEQSahHhyA/s1600/heretic.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4QYFxiUpJFpuRNHNbbtVxLsz7dqpVnYPI_Sdjw_zSQvitnw39T8ptEqCkor-8SkDJG75DwevNAO0XEY19HH8wcLO3Ih6-tKE9A1xTPcZZgb9H-ZUZYnZwYZeeAjUQe1ZaUVbEQSahHhyA/s1600/heretic.jpg" /></a></div>
<br />
<br />Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-4659188757320031382017-03-13T15:56:00.003-03:002017-03-13T15:56:39.506-03:00O Andarilho (A Busca do Graal) - Bernard CornwellA saga de Thomas de Hookton (Vexille) em busca do Graal continua. Dessa vez, Thomas sobe até o norte da Inglaterra para perder um grande amigo e sua mulher, ambos emboscados. Ainda luta uma guerra e ganha inimigos de dentro da própria Inglaterra, bem como novos velhos inimigos, como seu primo Guy Vexille, já apresentado no começo do primeiro livro <a href="http://umvisionarioemmarte.blogspot.com.br/2017/03/o-arqueiro-busca-do-graal-bernard.html" target="_blank">O Arqueiro</a>. Ele ganha também parceiros, mas isso já soma muito spoiler para um texto só,<br />
A narrativa de Cornwell é fluida, avança rápido em direção à batalha, mas um pouco mais devagar quando se trata de situar a personagem no contexto histórico da Guerra dos Cem Anos. As batalhas são descritas, bem como os entraves da igreja católica dentro dela. Podemos ler sobre a tomada de poder da igreja dentro das nações, pois agora não só França e Inglaterra aparecem na obra, como a Escócia. Todas elas possuem representantes da igreja e, por mais que todas pertençam à Igreja Católica, cada uma delas possui a sua singularidade, além de alegar serem os legítimos representantes de Deus, e assim, devem ter para si o Graal, símbolo máximo do poder de Deus, e que pode realizar façanhas inimagináveis, como trazer a paz. Há um diálogo interessante em que vemos um bispo francês tramando a transposição do papado para uma cidade da França em que ele era bispo, retirando o poder de Avignon, (residência papal no período relatado na obra), que para ele não era merecedora, assim como Roma também não era. Uma breve analogia pode ser feita com o que Hitler queria fazer com Linz, cidade em que morou na infância.<br />
Voltando ao texto, enquanto França e Inglaterra lutavam pela disputa de terras iniciada pelos seus reis, e seus súditos morriam aos montes, e os que viviam eram estuprados, escravizados, viam seus pertences serem roubados e seus senhores nada podiam fazer (lembre-se, era um período feudal, em que todos já viviam numa situação nada cômoda), membros da igreja planejavam lucrar muito com tudo isso. E nisso está a personagem principal da história, Thomas, encarregado de encontrar o maior tesouro da igreja católica, o Graal. Mas seus inimigos estão em seu encalço, sedentos pela ganância que essa lenda desperta há séculos.Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-83617010091178774112017-03-01T13:42:00.001-03:002017-03-01T13:42:28.048-03:00O Arqueiro (A Busca do Graal) - Bernard CornwellO Arqueiro é o primeiro livro da trilogia A Busca do Graal, do escritor Bernard Cornwell. Tendo como pano de fundo o início da Guerra dos Cem Anos, ocorrida entre os séculos XIV e XV, em que ingleses e franceses disputaram batalhas e mais batalhas em busca da afirmação de poder, o personagem principal é Thomas de Hookton, um jovem arqueiro que estudara para padre e que viu sua pequena vila ser destruída, seus pais mortos e uma relíquia da família ser roubada por invasores franceses.<br />
Prometendo vingança, Thomas vai em direção à guerra, para servir como arqueiro inglês onde precisassem dele. Com o tempo, ele se mete em confusão com um nobre, é obrigado a fugir, arrasta uma mulher com ele, se mete em mais confusões e retorna ao exército inglês. Depois ele é enforcado, salvo pela pessoa que matou seus pais, descobre parcialmente de que família é e quem mandou matar seu pai e roubar a relíquia, faz um acordo com o homem que o salvou e ainda leva a filha desse homem como sua companheira em mais aventuras. O que liga o personagem à busca pelo cálice sagrado é o fato de sua família ter sido detentora dessa relíquia em épocas remotas e seu pai ter surrupiado e a levado para a Inglaterra, motivo esse que levou um misterioso homem fazer aquela incursão na vila e levar uma lança de prata como prêmio. Sabendo da história anos depois, apenas, ele parte em busca da verdade sobre quem é e em busca de recuperar o Graal, cálice sagrado que traria a paz entre as nações que estão em guerra.Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-34069230715134560662017-02-20T15:33:00.001-03:002017-02-20T15:33:42.615-03:00Fahrenheit 451 - Ray BradburyQuando Ray Bradbury nos deixou, em 2012, eu estava na faculdade (pela segunda vez). Ouvi de alguns professores (cursava Relações Públicas) que este romance foi um marco em suas adolescências e que os motivou a cursar comunicação, ainda que não tivessem percebido isso no momento, somente algum tempo depois de estarem cursando.<br />
Decidi ler a obra em 2017, embora tenha comprado o exemplar em dezembro de 2016. Encontrei muitos diálogos interessantes, monólogos também, confusões de um personagem que não sabia exatamente o que estava fazendo com o mundo, mas que havia percebido que a bolha que o envolvia desapareceu. Como alguém que acorda de um pesadelo, mas que não consegue contar a ninguém o que estava acontecendo, pois ninguém acreditaria, e pior, o levariam à morte caso mantivesse o discurso inflamado sobre a realidade. Viver de sonhos é bem melhor para muitas pessoas.<br />
O que ocorre com Guy Montag, bombeiro queima livros, é ver-se como vilão em um mundo em que as pessoas não mais questionam as ordens dadas. Não há criticidade, tudo ocorre na velocidade máxima, como os carros numa <i>freeway</i>. Para isso, os livros foram abolidos do universo em que os personagens vivem. E essa é a nova função dos bombeiros, queimar os livros.<br />
O quanto somos influenciados pelas ordens dadas pelos governos? Quanto respeitamos a autoridade? Quando agimos pelo medo estamos realmente obedecendo aquilo que é o certo ou só o fazemos para não sofrermos represálias? A sociedade da qual fazemos parte tem consciência do mundo ou age automaticamente, um dia após o outro?<br />
Nesse universo em que não podemos ler o que mais ressalta o autor é o fato de não questionarmos. Os personagem tomam pílulas e mais pílulas para não sentir qualquer sintoma. É o hedonismo em forma de remédios. A televisão do tamanho da parede (ou é a própria parede), as conchas nos ouvidos para ouvirem aquilo que são determinados a ouvir, os demais aparelhos tecnológicos são mais psicológicos que qualquer coisa. Um grande apelo vem de um personagem já idoso e que se queixa, em uma das conversas com Montag, sobre ter deixado que tudo isso acontecesse, pois viu a mudança acontecer, mas nada fez para impedi-la.<br />
Deixando Fahrenheit 451 de lado (Bradbury escreveu no início da Guerra Fria essa obra) a realidade de 2017 são grupos e mais grupos de indivíduos que compartilham de algumas semelhanças ideológicas e que buscam provar seus pontos de vista, sem medo de agredir verbalmente quem quer que seja. Não se colocam no lugar do outro, que também é um humano, cheio de ansiedade, dúvidas, questões nunca resolvidas, que busca se afirmar como ser, alguns mais outros menos. Ninguém consegue estar totalmente correto. Não acredito que a verdade seja escrita por apenas uma mão. Há quem acredite. Em todo caso, convivemos todos no mesmo mundo, e as divergências nunca vão parar por aí. A tolerância precisa ser desenvolvida. Muitos jovens desse mundo ocidental não sabem o que é guerra. Confundem violência com guerra. Guerra não tem equivalente, mas muitos agem em favor dela, buscam, com palavras e atos, incitar essa situação. Quando podemos pensar, quando podemos racionalizar nossos atos, vemos que a guerra é contra o que buscamos, tanto faz o lado de que se esteja. Não são os livros que vão nos dizer o que devemos fazer, mas o próprio pensamento, pensar antes de agir. É bonito ler sobre a guerra. Não é nada bonito estar nela.<br />
A humanidade sobreviveu e se desenvolveu sem livros também. O que Bradbury nos conta é que temos que pensar por conta, não pegar tudo mastigadinho e sair por aí vivendo alienadamente.<br />
Valeu muito a pena ler esta obra. Antes que alguém a proíba. Ou que fique no esquecimento. Ou vire combustível de uma fogueira de refugiados da próxima guerra.Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-90103719110860121732017-01-08T19:15:00.000-02:002017-01-09T11:32:00.722-02:00O homem que caiu na Terra - Walter Tevis<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #444444; font-family: inherit; font-style: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Comecei a ler este livro na noite de 2/01 e já terminei sua leitura na madrugada de 6/01. São pouco mais de 200 páginas de uma história curta, porém objetiva. A obra foi publicada em 1963, em plena confusão da guerra fria, após a Segunda Guerra Mundial e outras guerras, como a da Coreia. O autor se baseia em um mundo em que as relações diplomáticas entre países estão profundamente abaladas após tantas guerras. Até o Brasil teve suas relações cortadas com os Estados Unidos, o que resultou em escassez de café ao país ao norte da linha do Equador. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #444444; font-family: inherit; font-style: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A história começa no ano de 1985, e como o título do livro diz, um homem um tanto quanto diferente está na Terra. Não sabemos exatamente seus planos, porém seus inventos aprimoram equipamentos existentes no planeta, o que desperta a atenção do governo norte-americano e também de um cientista, intrigado com as revelações de filmes fotográficos. A reputação de Nathan Bryce, químico que trabalha em uma universidade, faz com que seja contratado pela empresa do homem que caiu na Terra, Thomas Jerome Newton, a World Enterprises Corporation. A outra personagem recorrente na história é Betty Jo, governanta da mansão e da vida de Newton.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #444444; font-family: inherit; font-style: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não vou mais contar mais detalhes sobre a história. O que me levou a considerar alguns pontos interessantes sobre o livro é a capacidade de arguir que se tivéssemos alguém, um ser especial, com ampla capacidade de raciocínio, e que viesse para este planeta para nos alertar sobre o fim do mundo através de guerras, colocaríamos ele na cadeia. Primeiro, por ser de outro planeta, e depois porque a guerra movimenta esse mesmo mundo. Basicamente o plano do alienígena é resgatar seu povo, que fora destruído com tantas guerras, ao mesmo tempo que destruiu seu mundo, seus recursos naturais. Ao chegar na Terra ele fica maravilhado com o simples fato de termos água. Mesmo escrito em 1963 esse é um tema cada vez mais atual. Poucas vezes percebemos o quão bom é termos água potável em nossas casas, como é bom termos chuvas, podermos represar essa água que cai do céu. Ano passado trabalhei em um congresso em que um professor americano dizia que botamos nossa água fora. Moro no Rio Grande do Sul, e na região que vivo a média anual é de 1.800 mm, enquanto que na região onde este professor trabalha são 1.000 mm a menos, e mesmo assim eles produzem mais grãos do que aqui. Eu costumo fazer breves relatos sobre o que li, pois tenho uma memória muito ruim. Não sou capaz de dar detalhes das histórias que li ou vi sem ter algo anotado. Gosto da literatura, mas faço a leitura dela por diversão. Entretanto, nesse texto, quero discorrer rapidamente sobre um enorme erro que cometemos. Há um ditado popular que diz que dinheiro não cai do céu. Aqui está o erro. Dinheiro cai do céu. A cada chuva que temos é dinheiro caindo e se esvaindo por valetas de esgoto, rios de dinheiro desperdiçados. A radiação solar é pouco aproveitada. São raios e mais raios que fazem uma viagem enorme saindo da nossa estrela fundamental e que poderiam ser transformados em energia, mas que também são desperdiçados em sua gigantesca maioria, assim como os ventos, invisíveis que são, continuam sendo, e sua jornada ao redor do planeta passa despercebida, lembrada apenas quando temos catástrofes, desencadeadas, muitas vezes, pela interferência do homem e sua incrível ganância de se tornar invencível até o dia de sua morte, como o governo retratado na história de Walter Tevis, que por medo de perder poder, não divulga que um ser extraterreno está na Terra e que seu objetivo é trazer seus amados para um planeta ainda não destruído, ao passo que pode mostrar o que foi feito de errado na trajetória de sua terra natal e auxiliar a evitar que o mesmo ocorra aqui, pois já estamos nos destruindo. Embora o autor estivesse escrevendo sobre um cenário apocalíptico, não estamos distantes de acabarmos com esse pálido ponto azul em que vivemos. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #444444; font-family: inherit; font-style: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Espero que essas previsões nada acolhedoras mudem, porém é utopia achar que mudaremos nossa essência irracional de ser.</span></div>
<span style="color: #444444; font-family: inherit;"><b id="docs-internal-guid-93e0a186-7fe8-1f15-023e-e78c4625b39c" style="font-weight: normal;"><br /></b>
</span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #444444; font-family: inherit; font-style: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sobre a versão da obra pela editora <a href="http://www.darksidebooks.com.br/" target="_blank">Darkside</a>:</span></div>
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span>
</span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #444444; font-family: inherit; font-style: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Parabéns! Lindo livro, capa dura, borda laranja com fita marcadora de página. A ilustração da capa e contra faz parte do filme <a href="https://www.youtube.com/watch?v=KUtJ5FnwfCk" target="_blank">O Homem que Caiu na Terra</a>, com David Bowie fazendo o papel principal do alienígena Antheano. </span></div>
<div>
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.666666666666666px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgcuZkx08horUrCAE8AviZJF9AtAE4YINntaakEi1MxOjRfeqQetkHBRf2CZrBV-ZDK-rmoJ6alk3ke2fKGfl3Ck4UNaqvBZS99NMXrw_64uEyo2AkSkitMTqattjgs2m4KUDkFU7q-hQn/s1600/20170108_190633.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgcuZkx08horUrCAE8AviZJF9AtAE4YINntaakEi1MxOjRfeqQetkHBRf2CZrBV-ZDK-rmoJ6alk3ke2fKGfl3Ck4UNaqvBZS99NMXrw_64uEyo2AkSkitMTqattjgs2m4KUDkFU7q-hQn/s400/20170108_190633.jpg" width="223" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eu disse que era um versão muito legal</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.666666666666666px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-11181636189327275952016-12-30T15:43:00.000-02:002017-01-09T11:31:19.034-02:00Os Irmãos Karamázov - Fiódor Dostoiévski<br />N<span style="font-family: inherit;">o começo de minha escrita decidi que a cada livro lido desta obra (dividida em livros) faria um breve resumo. Mal comecei e parei com esta atividade, tendo em vista que a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Irm%C3%A3os_Karamazov">wikipédia</a> apresenta a obra desta mesma forma. Então voltei meus esforços em fazer aquilo que mais me agrada, escrever sobre o que senti ao ler. Claro, não sem antes descrever um pouco a situação em que se encontram os personagens, afinal, não quero uma bagunça, mas algo em que possa ler e retornar a experiência vivida.<br />A trama se desenvolve em torno das desventuras da família Karamázov, tradicional família de sensuais, sendo Fiódor o patriarca e Dmitri (Mitia), Ivan e Aliêksei (Aliocha) seus filhos. Fiódor faz estimada fortuna ao casar-se pela primeira vez, embora tenha se casado duas vezes. Teve um filho do primeiro casamento e dois do segundo, porém nunca teve relação com seus filhos, nunca os criou, delegando (ou relegando) essa tarefa a empregados ou parentes de sua ex-esposa. <br />A história começa a pegar fogo quando seus filhos já estão adultos (ou praticamente, Aliocha é novo, mas nem tanto) e acabam voltando suas ações ao descarado patriarca russo. O que mais me chamou a atenção nesse ponto é o fato de que tanto o velho Fiódor quanto seus filhos atraem as mulheres, eles são considerados “sensuais por sua natureza”. Esse tema é bastante discutido durante a história. Dmitri tem uma noiva, mas é atraído por Grushenka, que dá atenção também a Fiódor. Ivan se aproxima da noiva de Dmitri, mas não admite seu interesse, mesmo quando Aliocha tenta meter a colher onde não é chamado, Ivan renega seus sentimentos e Aliocha se aproxima de Grushenka, que por sua vez sempre bradou que tinha interesse em Aliocha, sendo que este despertou o interesse de uma menina chamada Lisa, que mora com a ex-noiva de Dmitri, Katierina. Só sei que esses “kara” tem borogodó.<br />Outro tema proposto é o da existência de Deus. Ivan formula algumas teses dentro da obra através da criação de um conto em que Jesus Cristo retorna à Terra, mas é rejeitado por promover a desordem e o caos, por causa de sua vinda. Por sua vez, Aliocha faz parte de um “mosteiro”, por assim dizer, e tem como Zózimo seu mestre e mentor. Zózimo morre no decorrer da história e é venerado por muitas pessoas, ao passo que desperta a inveja de outros monges, o que faz gerar histórias a favor e contra essa pessoa. Tem-se muita discussão sobre a religião e a forma como os russos a encaram. Além de algumas festas. As festas que Mítia deu merecem uma breve descrição. Ok, nem tanto, mas poderíamos considerá-lo um “rei do camarote” da época. Champagne, música ao vivo, confusão, brigas… Parece até uma festa atual, mas com Mítia bancando tudo, gastando muito dinheiro em poucas horas. Isso é um tanto perturbador. Os personagens da história criticam Dmitri por ele não se importar com o dinheiro. Parece alguém que não dá bola para o amanhã, para o futuro, vive o presente, carpe diem, embora a situação não seja assim favorável. São muitos elementos descritos na obra que lembram situações atuais, como essa, em que um jovem torra a grana de seu pai em festas <br />Trata-se de um romance essencial. Todas as pontas estão amarradas, embora Dostoiévski estivesse escrevendo a continuação da obra, que seria mais focada em Aliocha, quando faleceu, sem terminar essa segunda obra. Ler este livro é como poder estar em um pedacinho da Rússia no séc.XIX, em meio a questões religiosas, de reavaliação da identidade russa, além de uma grande confusão entre amores não vividos, negação da paternidade, assassinato, tentativa de assassinato, julgamento e festas. </span>Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-21503472601228931462016-10-24T20:23:00.001-02:002016-12-21T11:44:42.436-02:00Guerreiros da Tempestade - Bernard Cornwell<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;"><i>E a saga de Uhtred continua...</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Nono livro da série Crônicas Saxônicas (isso mesmo, LIVRO 9) escrito por Bernard Cornwell, também autor de As Crônicas de Artur, A Busca do Graal, e As Aventuras de Sharpe. E como era de se esperar, luta, sangue, morte, saxões, dinamarqueses, noruegueses, irlandeses, todos misturados no contexto da criação da Inglaterra (não é bem assim, mas vamos chegar lá, um dia).</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: red; font-family: inherit; font-size: large;"><b style="background-color: yellow;">SPOILER ALERT</b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Os relatos a seguir fazem parte da história. Como esse livro relata, o narrador-personagem Uhtred se envolve na disputa para derrotar o norueguês <b>Ragnall</b>, que reuniu forte exército nas terras ao norte da Mércia, aliando-se a alguns temíveis irlandeses, para ser o manda-chuva de toda a ilha britânica. Como podemos supor, se é <b>Uhtred</b> que conta a história, é porque ele sobreviveu a essa disputa. É difícil ter algum susto com a trama, diferentemente de outras histórias, como as escritas por aquele autor que mata os personagens que mais gostamos e nos deixa órfãos, ¬¬. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Ragnall quer dominar Nortúmbria, Mércia, Wessex e a Ânglia Oriental, até onde sabemos, e começa sua incursão por essas terras no norte. Uhtred frustra seus planos, e o mais interessante, esse pagão que adora salvar a pele dos cristãos, resolve agir de maneira a contrariar sua querida <b><span style="background-color: white;">Æ</span>thelflaed</b>. O final é que ele consegue atingir seus objetivos, sem causar mais problemas para si, e, sim, finalmente, parece se encaminhar para tomar Bebbanburg, algo que esperamos que aconteça no Livro 10, pois não foi dessa vez que leremos sobre a derrocada dos guardiões da terra natal do senhor da guerra.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">O livro é dividido em 3 partes, Cornwell sempre antecipa o que está para acontecer, mas com aquela ótima descrição das batalhas, que acontecem com muita frequência. As viagens de barco estão presentes, e conhecemos um pouco sobre a história do seu fiel amigo Finan, o irlandês, que está junto de Uhtred desde que foram escravos, há muitos anos. Essa era uma parte bem escondida de nós, meros leitores. Também ficamos conhecendo o destino de sua amada filha, Stiorra, que havia fugido com <span style="background-color: white;"><b>Sigtryggr</b> (<u>para a Irlanda</u>)</span><span style="background-color: white; font-weight: bold;"> </span><span style="background-color: white;">e</span> de seu filho padre, o Oswald, que retorna para Uhtred. Novos personagens aparecem, como o padre a ser bispo de Ceaster, <b>Leofstan</b>, carismático até para o senhor da guerra, e sua esposa, uma <strike>prostituta</strike> mulher que arranja altas confusões com os soldados dos exércitos de Uhtred e de </span><span style="background-color: white;">Æ</span>thelflaed. </div>
<div style="text-align: left;">
Uma das mortes mais esperadas no livro é a de Brida, primeira amante de Uhtred. Sim, ela morre, afinal, <span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;"><i>Wyrd bið ful ãræd</i>. Acho que os spoilers acabam por aqui, pois não é essa a intenção do blog. Deixei vários assuntos de fora, como o próprio nome do livro, não falei sobre guerreiros da tempestade, tempestade, etc... Tem ainda um outro personagem do passado de Uhtred que, deixa pra lá, leia logo de uma vez.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: red; font-size: large;"><b style="background-color: yellow;">FIM DA ZONA DE SPOILERS</b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Mais uma vez Cornwell nos deixa esperando pelo fim da saga de Uhtred Uhtredson, ou </span><span style="background-color: white;">Uhtred Ragnarson, a vingança para retomar a suas terras de direito, seu dever de protetor do norte. Parece que ele não tem fim, um guerreiro de um punhado de anos, quando a maioria de seus contemporâneos já faleceu, que está lá, firme e <strike>não tão</strike> forte em busca de Bebbanburg. Pode parecer cansativo para alguém que ainda não começou a ler, mas para quem já a iniciou, sabe que as páginas passam rapidamente pelos olhos. A escrita se torna fácil de ser lida, embora os nomes.</span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white;">O contexto histórico nesse livro foi bem sucinto. Diferentemente de livros anteriores, este não busca uma história próxima da realidade. Acredito que é assim escrita para que finalmente nosso herói pagão tenha um final digno de um guerreiro, mas sem se importar com a veracidade dos fatos históricos, afinal, se os leitores quiserem podem procurar em livros de história e fazer toda aquela análise e confrontação para saber como a Inglaterra foi formada. Como está escrito no final deste livro, este é o pano de fundo para os romances de Uhtred. O interessante é sabermos que a Inglaterra foi formada por diversos povos, e eles estão presentes nestes romances e em outros, como as Crônicas de Artur, que se passam muitos anos antes de Crônicas Saxônicas.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white;">O meu sentimento ao ler estes livros é o de superar meus problemas, ser mais forte do que o destino, embora este seja inexorável. Cada vez que leio tenho mais vontade ainda de seguir em frente, construir uma história. Passamos brevemente por este mundo de perigos, e não podemos nos dar ao luxo de sermos inertes, inexistentes. Como seres inacabados, estamos em constante evolução, e é isso que vejo em Uhtred, um herói que aprende a cada situação. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white;">Boa leitura a todos.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #f9f9f9;"><b>Guerreiros da Tempestade - </b></span><b>Bernard Cornwell</b></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7mcSrYBJXQ6EO4XKjFXOPqLHKcXMzQetJkg9v74wD6Hfwuj10ELmX9stAqkJt7tSgq4MwZfj1SXzFnY3TdIaJPw3l39QgsfKl2afEwI4mfiI27BG8RpztcNdJTzZoSnWrfC9KtlzT96g5/s1600/Thumbnail+Bebbanburg.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7mcSrYBJXQ6EO4XKjFXOPqLHKcXMzQetJkg9v74wD6Hfwuj10ELmX9stAqkJt7tSgq4MwZfj1SXzFnY3TdIaJPw3l39QgsfKl2afEwI4mfiI27BG8RpztcNdJTzZoSnWrfC9KtlzT96g5/s400/Thumbnail+Bebbanburg.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Thumbnail de youtuber falido, mas é o que temos para o momento.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #f9f9f9;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #f9f9f9;"><br /></span></div>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-91237435277000823952016-10-24T16:53:00.000-02:002016-10-24T16:55:01.078-02:00Suave é a noite - F. Scott FitzgeraldEssa foi uma obra que demorei certo tempo para terminar sua leitura. Por quê? Porque não estava muito no clima de um romance dos anos 20. Ele é dividido em III partes, chamadas Livro 1, 2 e 3, sendo que a história não está na ordem natural das coisas, isto é, começamos conhecendo os personagens principais no Livro 1, porém no Livro 2 o passado dos personagens é relatado. Foi só aí que comecei a achar interessante o livro. Nesse ínterim, acabei parando de lê-lo para ingressar no mundo de Kurgala, como já descrito nos posts anteriores.<br />
Já havia lido um livro de Fitzgerald anos atrás, do qual gostei muito, o que não faz com que não tenha gostado deste, apenas demorei demais para achá-lo interessante. O universo das pessoas muito ricas antes da quebra da bolsa de 1929 ainda me parece muito fora dos padrões aos quais eu consiga imaginar como natural, mas acho que o mesmo se aplica se eu lesse sobre o alto padrão milionário da época atual. Como não o faço, fico na hipótese de que sim, sem comprovação da minha parte.<br />
A história começa na Riviera Francesa, com o casal Diver fazendo amigos com outros ricos. Não há preocupação de explicar por que são ricos. Nisso, eles conhecem uma jovem atriz de Hollywood, Rosemary, que ao longo da trama, se apaixona por Dick Diver, marido de Nicole. A partir disso os vícios de caráter destes personagens começam a aparecer, chegando a uma degradação fortíssima em Dick, um médico psiquiatra que aceitara casar-se com sua única paciente até o momento, e claro, se eu ficar escrevendo sobre isso acabarei contando a história toda, e não é por isso que escrevo aqui (é para lembrar-me sobre o que já li).<br />
O aspecto mais forte que considero é a recuperação por parte de Nicole e a degradação de Dick, e como cada um reage a isso. Como Dick suportou tanto tempo agindo como todos desejavam que ele agisse, um cavalheiro quase que perfeito, sendo que em seu interior nada era tão estável como imaginassem os amigos e a sociedade? É uma pressão um pouco egoísta, também da minha parte como leitor, mas é um homem, caucasiano, bem sucedido, que atingiu <i>status </i>desejado por muitos americanos (A Casa da Felicidade, de Edith Wharton, mostra o que é esse desejo americano de se viver europeu), casado com uma mulher linda, filhos bem educados, e tudo mais que a sociedade espera e cobra de uma pessoa, mas que não se encontrou como pessoa, não sabe seu caminho. Isso acontece com a natureza humana, não temos a resposta para: <i>o que fazemos no mundo, qual meu propósito na vida?</i> escrita em nosso DNA. Alguns sortudos a descobrem, outros fingem encontrar, e outros não se importam com isso, mas sempre existirão aqueles que passarão suas vidas a dedicar tempo e mais tempo a fim de descobrir isso, sem sucesso até o final.<br />
Na edição que li é possível ler <i>Nota sobre o texto</i>, que explica o contexto da publicação da obra, por Arnold Goldman, além de <i>Notas explanatórias</i>.<br />
Boa leitura a todos.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmuOqBCatgjXCjGHG2ri3mozgWghyphenhyphenSCpkJHO6w8z49c4yNQG6dTy_M6VXNXnT4IUuC0ZnsxbOqxqvCHQYSRueEuedHzTPE8sUibV_2UZbtVooCC-YLD3Q7_NSeWP3esPzHrSLfFLiNCf3X/s1600/Suave+%25C3%25A9+a+noite.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmuOqBCatgjXCjGHG2ri3mozgWghyphenhyphenSCpkJHO6w8z49c4yNQG6dTy_M6VXNXnT4IUuC0ZnsxbOqxqvCHQYSRueEuedHzTPE8sUibV_2UZbtVooCC-YLD3Q7_NSeWP3esPzHrSLfFLiNCf3X/s400/Suave+%25C3%25A9+a+noite.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-29004766385018394292016-10-09T17:12:00.002-03:002016-10-09T17:12:51.161-03:00O Espadachim de Carvão e as Pontes de PuzurO box que comprei incluía os dois primeiros volumes de O Espadachim de Carvão. Agora é vez de escrever sobre Puzur. Uma das coisas que mais gostei no primeiro livro foram as citações sobre Tamtul e Magano, heróis de uma série de livros que Adapak lera muito, mas muito mesmo. As citações abrem os capítulos, não todos, mas a maioria. No segundo livro esse recurso também está presente, e agora a obra passa a dar mais referências sobre esses personagens-heróis que o protagonista tanto admira.<br />
Sobre a história: Puzur (que está no título da obra) é o alvo do escritor, que volta ao passado para narrar a história deste personagem que permeia o imaginário. Adapak também busca informações sobre ele em uma biblioteca. Então temos a narrativa sobre Adapak buscando em relatos de soldados (não são soldados, mas deixarei assim) conhecer quem foi realmente Puzur e temos o narrador-escritor relatando a história desse anti-herói. Fato rápido: Percebemos como a história é modificada por quem a conta, seja de forma falada, escrita ou musicada. A personagem que vivencia as aventuras de Puzur é uma barda (se podemos assim dizer), e sabemos que essa classe adora contar histórias e transformá-las em algo muito mais interessante do que são.<br />
Vale a pena ler? Sim, como já escrevi no primeiro texto. Buscava uma fantasia e achei uma, gostei do universo que gira em torno de Adapak, a forma como é escrita, as ilustrações, os detalhes e tudo mais.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpANbWwLXEmipmpu-RdzsACm9wzi94XSe1isIkc3v5T1fDQeRQ4rvV9lGtKsvmxwmp81PK-QheVrehy04DBw5kMu5__npzOo9jO5BxLONlc9dZ-WEoymvxTEpidsSrvAoZpYFaY5KSCpoG/s1600/20161009_144136.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpANbWwLXEmipmpu-RdzsACm9wzi94XSe1isIkc3v5T1fDQeRQ4rvV9lGtKsvmxwmp81PK-QheVrehy04DBw5kMu5__npzOo9jO5BxLONlc9dZ-WEoymvxTEpidsSrvAoZpYFaY5KSCpoG/s400/20161009_144136.jpg" width="225" /></a></div>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-63431694667182030852016-09-27T22:28:00.002-03:002016-09-27T22:28:50.596-03:00O Espadachim de Carvão - Affonso SolanoAnos atrás, lá pelo início de 1993, eu, Miguel, aprendia a ler e escrever. Fazia isso em casa. Quando a professora da pré-escola descobriu tive um problema: pré-escola serve, basicamente, para desenvolver a questão motora do indivíduo. Porém eu não desenvolvia muito isso, pois passava a maior parte do tempo tentando ler. Lia tudo. Lembro do dia que tivemos (todos os colegas) que fazer uma cidade com caixas de remédio trazidas de casa. Pois a mim só interessavam aqueles nomes esquisitos de remédios, cheio de letras e palavras difíceis.<br />
Essa semana eu terminei a leitura do livro O Espadachim de Carvão, de Affonso Solano. Adapak é o personagem principal dessa fantasia, que tem como fundo a região (mundo) de Kurgala. <strike>Ahn, acho que não é necessário dizer escrever que ele luta com espadas e tem a cor do carvão.</strike> Sendo apresentado como filho de um dos quatro deuses de Kurgala, aprende em uma "casa" muitas coisas sobre a vida desse universo, a se defender, dentre outras coisas. Porém se vê obrigado a fugir dessa casa, e começa a sua aventura como adulto em meio a uma guerra entre as diferentes populações, crenças e raças de Kurgala.<br />
Aos 17 anos acabei adentrando o curso de Letras. Parecia até óbvio para alguém que foi narrador do teatro da turma da 1ª série. Como os colegas não conseguiam decorar suas falas, eu mesmo dublei a todos. A peça era adaptação do Negrinho do Pastoreio. OK, nem tão óbvio assim, mas teatro, narração, história e o curso de Letras têm algumas coisas em comum. Terminei o curso aos 21 anos, mas conhecer bem a língua portuguesa é outra história. O que fiquei estudando dentro dos 4 anos e meio parece não fazer muito sentido quando tento escrever ou falar. A teoria é bem diferente da prática...<br />
Adapak corre, luta, encontra pessoas, é ludibriado por elas (quase que o tempo todo), se envolve em confusão, não se encontra num lugar que, embora já o tivesse estudo, parece tão diferente dos livros. A teoria é bem diferente da prática...<br />
<br />
Eu poderia continuar esse jogo de parágrafos sobre minha história (<strike>velha</strike> antiga), mas vou parar por aqui mesmo. O livro brinca com esse recurso de mostrar uma situação ocorrida com o protagonista num capítulo para no seguinte voltar ao tempo atual. Gostei disso. Gostei também dos breves pensamentos expressados em poucas palavras, fixados entre os parágrafos como<br />
<br />
<i>Merda</i><br />
<i><br /></i>
e então continuar com a história. Lembrou alguma coisa vinda dos quadrinhos. Sobre a história:<br />
<br />
<ul>
<li>É uma fantasia, cheia de personagens de diferentes raças, características, habilidades (<strike>habilidibob</strike>), cores, e deuses. O protagonista parece estar jogando RPG, o mestre manda ele seguir e ele vai, sem muitas pretensões a não ser continuar a viver. A única coisa é que ele já sai com um nível bem alto, então vai se safando dos perigos facilmente, sem perder muita vida.</li>
<li>É simples. E eu gosto disso. Não gosto de uma história de fantasia que se parece com literatura intrincada. Caso eu quisesse isso, teria ido atrás de outros autores, como Machado (e não há problema algum nisso também, mas se quero ler alguma obra fantástica é porque prefiro ver um mundo bem, mas bem diverso do que estou acostumado a ver nesse em que vivo). </li>
</ul>
Enfim, já estou na segundo livro da coleção. Espero terminá-lo em breve e poder escrever sobre.<br />
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Comprei os dois livros numa promoção bem barata do <b style="background-color: cyan;">Submarino</b>.</div>
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<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: sans-serif; font-size: 18px;"><a href="http://www.submarino.com.br/produto/124655375/livro-box-o-espadachim-de-carvao-vols.-1-e-2?loja=03&opn=XMLGOOGLE&&WT.srch=1&epar=bp_pl_00_go_g35177&gclid=CKGay6vxsM8CFcKAkQodqgENsA" target="_blank">Livro - Box - O Espadachim de Carvão - Vols. 1 e 2</a></span></div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVfVPl0q7kpN8CcS0KXr2sH91La8RmKB3gSDogJnQzhRmQ-xr7ubZGG849QVMIhsJAKdnZjoJb4pJDNIBTgtKBGD2WHhtc1QPZpfha3LbGIQgV9RYlZlgBUJ6m02Rq_u54l8WvN0gMpOOo/s1600/O+espadachim+de+carv%25C3%25A3o.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVfVPl0q7kpN8CcS0KXr2sH91La8RmKB3gSDogJnQzhRmQ-xr7ubZGG849QVMIhsJAKdnZjoJb4pJDNIBTgtKBGD2WHhtc1QPZpfha3LbGIQgV9RYlZlgBUJ6m02Rq_u54l8WvN0gMpOOo/s400/O+espadachim+de+carv%25C3%25A3o.jpeg" width="258" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O não tão jovem Miguel segura o livro que conta a história do jovem espadachim</td></tr>
</tbody></table>
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Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-43150660535222257392016-09-20T13:30:00.000-03:002016-10-24T23:40:54.011-02:00O Império do Sol – J.G. Ballard<br />
Primeira manifestação: estou ouvindo <b>Death Cab for Cutie</b>; segunda manifestação: não consigo dormir neste momento, 00:58 de segunda-feira, resultado de um café duplo obtido enquanto jogava D&D com meus amigos no domingo à noite; terceira e última manifestação: escreverei sobre a obra <b>O Império do Sol</b>, de <b>J.G. Ballard</b>. <br />
Primeira consideração: difícil achar conteúdo sobre o livro O Império do Sol, pois o filme adaptado do livro foi um grande sucesso de <b>Spielberg</b>.<br />
Segunda consideração: sou um ocidental, criado na cultura ocidental sul americana do sul do Brasil, descendente de imigrantes italianos (embora muitas pessoas achem que sou descendente de alemães, por vários motivos) e que estudou sobre a II Guerra Mundial no ensino fundamental e um pouco no ensino médio pela perspectiva da devastação ocorrida na Europa, com os milhões de judeus mortos em campos de concentração, milhões de civis e combatentes europeus de diversas nações mortos na Europa, e, claro, sobre os ataques dos japoneses aos americanos em Pearl Harbor e a consequente morte pela bomba atômica e seus contínuos efeitos em Hiroshima e Nagazaki, realizada pelos bombardeiros americanos aos japoneses. <br />
Terceira consideração: nem falei sobre nazismo, fascismo, aliados, manobras políticas, consequente guerra fria pós-guerra, dentre outras coisas; só quero destacar que em todos os meus estudos não lembrava de ter havido uma guerra dentro da China durante a II Guerra Mundial. Sério. Não lembro disso. Não posso culpar a educação recebida, devo culpar a mim por não ter pesquisado em livros sobre (internet nos anos 90/00 não era lá acessível a mim, era necessário ir à biblioteca e procurar livros). A obra conta a história do personagem principal, descendente de ingleses e que moravam na China, que é separado de seus pais em um ataque nesse país. Então, após percorrer de bicicleta uma Xangai em plena guerra de japoneses contra chineses, é detido em um campo de concentração pelos japoneses. Nesse ínterim, a história se desenvolve. O personagem fica confuso em muitos momentos: não se lembra da fisionomia de seus pais, fica fascinado pelos aviões, desejando até mesmo ser piloto, não sabe de qual lado está nessa guerra, convive com diferentes culturas enquanto recebe educação de certos personagens ingleses, embora não entenda o motivo dos ingleses serem como são, é removido do campo de concentração, contrai doenças, aprende a sobreviver, vê mortes, muitas mortes, muitas mortes mesmo, e quando está encurralado acreditando estar morto, acaba encontrado por um fantasma de suas lembranças, que o salva e o traz de volta a seus pais.<br />
Quarta consideração: acho que essa é a mais relevante de todas as considerações. Vivemos, nós, humanos de 2016, século XXI, em um período crucial. Existem grupos radicais cada vez mais extremistas, parecidos com aqueles grupos nascidos nos berços da ignorância da II Guerra, que ameaçam de várias formas destruir o mundo em que vivemos. Existem também grandes grupos detentores da riqueza material que exploram o ser humano, exploram a natureza de forma tão violenta que ameaçam destruir o mesmo mundo em que vivemos em uma escala crescente, aproximando-nos de uma extinção até mais rápida do que aquela prevista pelas consequências de guerras atômicas. A obra escrita em 1984 parece não ter tanto efeito no ano de 2016. Parece que não nos importamos com nada, apenas com a opinião própria, e não aceitamos mudar. Claro, existem muitas correntes e muitas pessoas que estão buscando fazer a diferença. São como um grão de areia na praia, uma gota de água para apagar um incêndio na floresta, mas são, e é isso que os torna tão especiais.<br />
Esse foi o segundo livro sobre lembranças da guerra vividas pelos autores que leio este ano. Mais uma vez, li sobre outra perspectiva, variando daquelas vistas na escola. Mais uma vez, sofri. Mais uma vez, entristeci com o presente e o futuro. Talvez daqui 32 anos não tenhamos mais livros como este para ler, nem alimentos para comer, nem mundo para viver... Basta apenas seguir como está e pronto. Parece apocalíptico escrever assim. Bem, leia um pouco sobre as guerras que estes autores passaram e perceberá que eles já viveram um cenário de apocalipse, sem anjos suficientes para salvar a todos.<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://statics.livrariacultura.net.br/products/capas_lg/294/2211294.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://statics.livrariacultura.net.br/products/capas_lg/294/2211294.jpg" width="213" /></a></div>
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Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-16601683166038620732016-09-18T23:56:00.000-03:002016-10-24T23:37:21.539-02:00O Sol é para Todos - Harper LeeEstou devendo três novos posts, porém este será recém o primeiro. Li este ano o maravilhoso livro de <b>Harper Lee</b>, <b>To Kill a Mockingbird</b>, ou em português, <b>O Sol é para Todo</b>s. Eu escrevo como se tivesse uma audiência, portanto, vocês (audiência) devem ter percebido que não faço bem um resumo do que li, mas sim, uma relação de como me senti ao ler a história. Às vezes é até possível que eu faço um resumo, mas não é essa a intenção. Pois bem, a história é cativante. A personagem principal é uma menina, que tem um irmão mais velho que a ama, um pai que a ama, um grande amigo que a ama, uma ama que a ama, e demais personagens. Eu estudei a história dos Estados Unidos. Tenho uma monografia sobre a modernidade no contexto da virada do século XIX para XX nos EUA através da obra <b>The House of Mirth</b>, de <b>Edith Wharton</b>, então eu tenho um pouco de conhecimento quando o assunto é sobre este país. Os temas abordados no livro estão envolvidos na pureza e na justiça dessa personagem que tem uma criação ímpar. O pai é um advogado muito correto que deu muita liberdade a seus filhos, calçado em uma educação justa. Vale a pena ler esta obra quase que todos os anos, e olha que não curto ficar repetindo os livros (faço isso com o filme <b>Pulp Fiction</b>, de <b>Tarantino</b>, pois também vale a pena). Isso significa muito para mim. Mesmo. Comprei o livro após a morte da escritora Harper Lee, após ter saído da empresa em que trabalhei por 1,3 ano, após ter ido à praia e lá entrado em uma livraria. Mas tudo isso foi nesse ano, 2016. A mistura de emoções que senti a me aproximar do clímax da história foi intensa. Há histórias que são boas apenas por saber contar a história, mas essa supera essa barreira, por contar uma história com um ótimo fundo, com um ótimo motivo, por confrontar verdades, sociedades, e continuar a ser incrível.<br />Os próximos posts que estou devendo falam sobre assuntos bem diferentes desta obra citada acima, embora eu nem tenha escrito até agora que a obra fale sobre a discriminação com os negros americanos no período pós-depressão na América (principalmente isso, dentre outras coisas). É que a escritora fez isso de um jeito tão único que me senti desconfortável em expressar minha opinião para corroborar com ela, pois teria argumentos muito fracos depois de tantas aulas de humanidade. Mesmo com os acontecimentos dos últimos momentos em que vivo digam o contrário, espero, um dia, poder ser como o pai da pequena Scout.<br />Não citarei fontes para comprar esta obra, mas deixo um link para que ouçam a canção Harper Lee, da banda irlandesa <b>Little Green Cars</b>, que começa com a frase traduzida livremente por mim "como uma batida eu espero pelo impacto", que foi minha sensação ao terminar de ler a obra.<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/cHwMDr6dMHI" width="560"></iframe>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-18437153625859338962016-08-02T17:10:00.003-03:002016-10-24T23:45:58.325-02:00O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë<br />
Eu precisava saber se gostaria de ler <b>O Morro dos Ventos Uivantes</b>. Este romance ganhou destaque nos últimos tempos, embora não tenha ouvido falar dele na faculdade, ou não lembro de ter ouvido (provável situação, não lembro muito da faculdade, faz tempo já, parada antiga). O romance único da escritora <b>Emily Brontë </b>é bem clássico para o estilo, se é que pode-se assim dizer. Não sou um especialista em romances. Algo que me chamou a atenção foi a dureza de alguns personagens, uma conversa rústica, franca, agressiva, muitas vezes. <br />
O universo da história se passa nas casas entre o morro e a granja, embora o intruso <b>Heathcliff</b> tenha vindo de outro lugar, pois foi encontrado pelo pai de <b>Catherine</b> e levado para a casa do morro, pouco se é falado sobre seu passado. E acho que é isso que faz com que o universo da história pacata que os personagens viviam, até então, mude. A história é contada para<b> Lockwood</b>, um senhor que alugou a casa na granja e que passou um tempinho quase que preso, pois nevava muito, na casa do morro. Ao conseguir sair da casa, o senhor Lockwood estava intrigado, e também doente. Chegando à granja, <b>Ellen Dean</b> a.k.a. Nelly toma para si a responsabilidade de: <br />
<ul>
<li>Cuidar do senhorio, pois ela é a serviçal da granja. </li>
<li>Relatar a história (interminável) de intrigas que ocorreram entre os donos do Morro dos Ventos Uivantes e da Granja da Cruz dos Tordos até (quase) o momento presente. </li>
</ul>
Sobre a escrita achei bem característica da época. Alguns nomes dos personagens se repetem, fazendo com que fique um pouco confuso, fora o fato de também serem chamados por seus sobrenomes, que por vez, para as mulheres, mudavam quando casavam. Tudo fica entre as famílias dos dois locais, sempre afetados pelo elemento exterior, chamado Heathcliff. Os elementos fantasmagóricos estão levemente presentes, sendo que acho esse um ponto que pode acrescentar para a história. A narradora procura encontrar traços dos antepassados em seus descendentes, muito embora alguns tenham morrido sem nem ter conhecido sua prole. O final da história é bem mel, por assim dizer. Parece uma novela de alguns anos atrás, quando os protagonistas queridinhos se davam bem e o malvado da história se lascava. Embora ele só tenha desistido de viver, com algum elemento loucura/fantasma, facilitando para os jovens primos que se detestavam até pouco tempo ficarem juntos e felizes para sempre, pois além disso a história não avança.<br />
Se gostei de ler? Não, não gostei. Eu prefiro acontecimentos rápidos, respostas imediatas. Essas ações dos romances de 1800 ficam muito amarradas. O mundo era bem diferente, mas assim eu sanei minhas indagações. O livro é bem escrito, e audacioso até para a época.<br />
A minha edição do livros é da coleção <a href="http://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=636453&ID=600038">L&PM Pocket</a><br />
<br />
Comprei o exemplar na Vitrola<br />
<br />
<a href="http://www3.vitrola.com.br/produto/33238/LIVRO++EMILY+BRONTE++O+MORRO+DOS+VENTOS+UIVANTES++POCKET++VOL+958++ISBN+9788525422521.html">O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë</a><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiakc66B2Hai0FCi08gr_-l1vYZkMeMpz3BtgnTargIu1T1ugtG3jixGBR7g4gQGQv66J4J5KIwwGqfYKCT3lmShfBztWKZr-UsBwSbeeWBzeCNvpsFHIhN2f-363U1YNEipKOTQqoJAKld/s1600/IMG_2734.JPG"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiakc66B2Hai0FCi08gr_-l1vYZkMeMpz3BtgnTargIu1T1ugtG3jixGBR7g4gQGQv66J4J5KIwwGqfYKCT3lmShfBztWKZr-UsBwSbeeWBzeCNvpsFHIhN2f-363U1YNEipKOTQqoJAKld/s400/IMG_2734.JPG" /></a><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-23733580996117610012016-08-02T15:30:00.002-03:002016-10-24T23:47:39.761-02:00Azul-corvo - Adriana LisboaEste é um livro do qual não sabia da existência. Recebi emprestado do meu amigo Guilherme. A obra tem uma narradora que conta as histórias de sua mãe, Suzana, que nasceu no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos (viajou para outros lugares nesse período) e retornou ao Brasil, as histórias de seu pai (que é quem a registrou, mas que não é bem seu pai, é mais um ex-guerrilheiro) que viveu no Brasil, foi para Pequim (Beijin né?), retornou ao Brasil, saiu do Brasil, viveu em outros lugares do mundo (Londres) e passou a viver nos Estados Unidos, mas não sem antes ter mudado de estados americanos, e sobre a sua história, de ter nascido nos Estados Unidos, mudado para o Brasil e voltado para o país da liberdade. Existem outras histórias dentro dessa história sobre outras pessoas que se envolvem com as pessoas-chave da principal história. Algo que gostei muito foi maneira como a história se desenvolveu: <br /><ul>
<li>A narradora começa de um ponto-presente no tempo para relatar sua história quando ela tinha 12, 13 e 14 anos. </li>
<li>Ela também relata a história da sua mãe quando tinha 9 anos. </li>
<li>A história da sua mãe e dela mesma de volta ao Brasil, nos anos 90, até o ponto que retorna aos Estados Unidos. </li>
<li>Relata a história de Fernando (seu pai-não-pai) quando usava o codinome Chico no final dos anos 60, início dos anos 70 na ditadura militar no Brasil. </li>
</ul>
Então é uma obra com muitas voltas ao tempo, mas que não segue uma estrutura em que o tempo segue linearmente. Dentro dos capítulos esses tempos são retomados, como as histórias de Chico como aprendiz de guerrilheiro na China, guerrilheiro no Brasil, entre outras.<br />A protagonista, ao enfrentar uma grande perda, decide voltar aos US and A em busca do pai biológico que não sabia sequer da existência até pouco antes da perda referida no começo da frase. Basicamente este é o mote do livro. Achei bem criativo e gostei da maneira como foi escrito. Leitura muito fluida, levei 3 noites para ler as 219 páginas. As estruturas dos parágrafos são bem interessantes, com muitas descrições e até inserções da Wikipedia e Yahoo Respostas. Parece muitas vezes um diário (ou um blog), como uma pessoa entre os seus 13 anos escreveria, mas já passados uns 8 anos desses seus 13 anos, então ela já sabe bem como relatar a história ocorrida e não como alguém que relata o que ocorreu no mesmo dia dos fatos acontecidos.<br />Outros aspectos culturais também são ótimas referências, como os do tempo da ditadura no Brasil, anos 2000 nos Estados Unidos (especificamente no estado do Colorado, onde se passa a maior parte do tempo) e as opiniões do <a href="https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110218044333AApHC3S">Yahoo Respostas</a> feitas por brasileiros. Para quem busca qualidade no atual quadro literário, esta é uma boa pedida.<br />Você encontra este livro na livraria Saraiva<br /><a href="http://www.saraiva.com.br/azul-corvo-3095903.html">Azul-corvo - Adriana Lisboa</a><div style="text-align: justify;">
<a href="http://images.livrariasaraiva.com.br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=3095903&qld=90&l=430&a=-1" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://images.livrariasaraiva.com.br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=3095903&qld=90&l=430&a=-1" width="213" /></a></div>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-71612609989865070052016-07-30T22:28:00.001-03:002016-07-31T00:04:55.063-03:00O Universo em uma Casca de Noz - Stephen Hawking<div class="MsoNormal">
Esta obra é
alvo de minhas intenções faz tempo. Lembro de passar em um sebo em Santa Maria no
distante ano de 2012 e desejar muito o livro. Somente este ano me apoderei
dele, em uma versão mais branda da editora Intrínseca. Eu me aventuro na física
desde meados dos anos 90, isto é, duas décadas atrás. Isto fez de mim alguém
que realmente estudou física no Ensino Médio? Não. Foram três anos apenas
atingindo a média necessária para passar ao próximo ano. Shame. Shame. Shame.</div>
<div class="MsoNormal">
<b>Stephen
Hawking</b> faz um passeio na história, pegando <b>Einstein</b> no começo, passando à
quântica, multiversos, teoria das cordas, teoria M, entre outros assuntos. Já
vi muitos documentários sobre a vida e obra de Einstein. Assisti aos episódios
de Cosmos, com <b>Carl Sagan</b>, na TV Escola, e também aos novos episódios da série
com <b>Neil deGrasse Tyson</b>. Assisti na TV Escola a série <a href="http://sabertv.com.br/repositorio/series/serie.aspx?serieId=102" target="_blank">Espaçonave Terra</a> (Tous
Sur Orbite, no original francês). Li muito mesmo sobre física, embora não seja
capaz de realizar o mais simples cálculo. Há alguns
anos Stephen Hawking esteve em evidência no cinema com um filme sobre sua vida
(que ainda não o assisti). </div>
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Quero, com esse parágrafo acima, é mostrar que meu
interesse pelo assunto é maior do que minha incapacidade matemática. Se li mais
de 10 vezes certos trechos do livro? Claro. Se tenho compreensão absoluta do
que estava sendo explanado na obra? Óbvio que não, mas não é isso o que
realmente importa, e sim, o despertar da consciência de que fazemos parte de um
universo tão único que não vale a pena nos determos nas diferenças, porém nos
aproximarmos para buscar a compreensão do que estamos vivendo. Certa feita ouvi
de alguém que não compreendia o gasto em viagens espaciais, sendo que o mundo
passava fome. Bem, graças ao avanço espacial, isto é, nos colocarmos em um
local inóspito (fora da casinha Terra) que cientistas, inventores, e demais
profissionais ligados à área, puderam desenvolver diferentes aparatos para
melhorar a vida nesse mundo que passa não só fome, como tantas e tantas coisas
que não citarei. São muitos avanços tecnológicos que só se concretizaram por estarmos
fora da zona de conforto. Quando faço leitura de algo relacionado à física me
sinto totalmente fora da zona de conforto. E é isso que busco, melhorar a minha
compreensão em um ambiente não natural a mim, além de conseguir entender um
pouquinho sobre a realidade que nos cerca.</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Não tenho
como ficar explicando sobre a obra. É boa de ler, eu adorei mesmo a forma como
o autor conta sua história, sua relação com as coisas, admiração pelo universo
que ele está inserido, a paixão por algo que tanto gosta. Gostaria muito de um
dia escrever artigos com esta mesma fluidez, sem ficar se apegando a um modelo
bíblico acadêmico, mas contando uma história, talvez como faço neste espaço
virtual.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #444444;">Comprei este livro no <b>Submarino</b></span></div>
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<a href="http://www.submarino.com.br/produto/125453003/livro-o-universo-numa-casca-de-noz" target="_blank">O Universo em uma Casca de Noz - Stephen Hawking</a></div>
<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="pt">
<div dir="ltr" lang="pt">
O Universo em uma Casca de Noz - Stephen Hawking - um olhar conjunto sobre o universo <a href="https://t.co/2995V98UUd">https://t.co/2995V98UUd</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/livro?src=hash">#livro</a> <a href="https://t.co/x06MBNsf4O">pic.twitter.com/x06MBNsf4O</a></div>
— Miguel (@_guimel_) <a href="https://twitter.com/_guimel_/status/759585388566634497">31 de julho de 2016</a></blockquote>
<script async="" charset="utf-8" src="//platform.twitter.com/widgets.js"></script>
Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1745315130585956856.post-74165172994902267572016-07-30T22:28:00.000-03:002016-10-24T23:49:40.183-02:00Nada de novo no front - Erich Maria Remarque<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i>Leitura iniciada dia 19/05, à meia-noite.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esta obra
foi lida em poucas noites. Poucas mesmo. Quando penso em guerra penso na
Segunda Guerra; a Primeira não é levada em consideração, deixando claro que
considero abominável qualquer guerra, mas é na questão de que nazismo e
fascismo extrapolaram tantas coisas que só lembro da Primeira Guerra em se tratando
de um período muito antigo. Enfim, minhas boas notas no Ensino Fundamental em
História ficaram desbotadas e pareço cada dia mais distante daquela realidade
em que dava muita importância aos assuntos humanos em detrimento aos assuntos digitais.
Até não sei se pude me expressar da maneira correta, mas espero ter atingido
êxito. </div>
A história
de um soldado alemão, que na guerra foi incentivado por velhos professores a
participar, é muito intrigante, e revela aspectos de um mundo que não pode mais
existir, um mundo em que a ingenuidade imperava. Um simples conselho dos mais
velhos já não é mais válido como a verdade absoluta, pois é possível verificar
qualquer sentença online. O lado ruim de hoje é não dar ouvidos as pessoas,
sejam elas mais velhas, da mesma idade, ou mais jovens, só o que prevalece é o
online. Enfim, não quero relatar sobre as atrocidades da guerra, mas sobre a
ingenuidade de soldados que foram à guerra para defender ideais. O autor acaba
revelando que não estava nem aí para tais ideais, que mais pareciam acadêmicos
e não faziam sentido. Foi uma história que me deixou bem triste. Senti a solidão
de um autor que não concordava com a realidade imposta a seus pares, mas que, a
história mostra, não conseguiu atingir seu objetivo naquela época. A Segunda
Guerra veio e aprendemos a odiar os alemães. Os livros e os mais velhos nos
diziam isso, sendo que, óbvio, muitos lutaram contra tudo o que estava a
ocorrer, porém foram silenciados, de diferentes formas. Nossa tendência a opor
dois lados é tão heroica que sobrepõe a análise dos fatos, cegando a capacidade
de compaixão. Que possamos enxergar além do que nossos olhos querem ver.
Obrigado pela coragem, <b>Erich Maria
Remarque</b>.<br />
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<br /></div>
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<span style="background-color: white; color: #565656; font-family: "droid sans"; font-size: 17.6px; line-height: 24.64px;">Você encontra este livro na </span><b style="background-color: white; color: #565656; font-family: "Droid Sans"; font-size: 17.6px; line-height: 24.64px;">Vitrola </b><span style="background-color: white; color: #565656; font-family: "droid sans"; font-size: 17.6px; line-height: 24.64px;">(ou na loja de sua preferência)</span></div>
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<span style="background-color: white; font-size: 17.6px; line-height: 24.64px;"><span style="color: #565656; font-family: "droid sans";"><a href="http://www3.vitrola.com.br/produto/58691/LIVRO++ERICH+MARIA+REMARQUE++NADA+DE+NOVO+NO+FRONT++VOL+349++POCKET++ISBN+9788525413260.html" target="_blank">Nada de novo no front - Erich Maria Remarque</a></span></span></div>
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</blockquote>
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Miguel Scapinhttp://www.blogger.com/profile/12355920353731877723noreply@blogger.com0