Diferente do que eu esperava encontrar, a Batalha do Apocalipse é uma história interessante que versa sobre anjos e demônios, mas nem todos os anjos são anjinhos e nem todos os demônios são diabólicos. É um romance que tem como pano de fundo a guerra entre os anjos, divididos em dois grupos, seguidores de Miguel e seguidores de Gabriel. Há também os renegados, anjos que se rebelaram há tempos e não moram mais no céu, mas sim na Terra. No caso só há um ainda em batalha, Ablon, que é o personagem principal da trama. Tudo se encaminha para o Apocalipse, os humanos estão em guerra, os anjos estão em guerra, o inferno está pronto para entrar na guerra angélica e Ablon tem sua história contada desde os tempos mais remotos entrecortada com eventos atuais, os chamados "sinos" para o fim do mundo, que é cada evento humano em direção à guerra e destruição em massa devido às poderosas armas que os exércitos têm atualmente.
Eu realmente não esperava ler um romance assim. É uma boa obra. Desperta muito interesse em continuar a ler. A cada capítulo eu conseguia imaginar uma série ou um filme. Se há críticas quanto ao livro essa é uma, a de que parecia mesmo que é uma obra ou roteiro pensado em ser um seriado. O personagem principal passa por maus bocados, encontra um amor, eles têm um motivo para se separar, acabam vivendo suas vidas sem nunca esquecer um do outro, mas a cada aproximação o destino os leva a outros caminhos, até que em uma batalha final o herói salva o mundo, o céu e também a sua amada, e eles, finalmente, conseguem ficar juntos.
Assim que terminei a leitura deste livro já comecei a obra seguinte, Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida. O mundo criado pelo autor, Eduardo Spohr, é muito rico e interessante, com uma perspectiva sobre os anjos e seu papel no universo muito diversa da encontrada na religião, porém bem baseada naquilo que é narrado pela igreja.